Sim, eu sei. Não sou nada criativa na hora de dar títulos aos meus textos. Não considero, porém, que isso seja uma falha. Vejo como um facilitador.
Se vou comentar sobre um filme a que assisti, há 100% de chance de a crônica levar o mesmo nome. Assim foi com: “Booyhood”, “Birdman”, “Antes do amanhecer”, “A teoria de tudo”, para citar alguns.
Quer reler as crônicas em que comento sobre o amor? É superfácil encontrá-las. O título vai remeter ao óbvio: “Amores Interrompidos”, “Paixões Proibidas”, “Um brinde ao Amor” e por aí vai.
Com relação às datas temáticas, o Dia das Mães é imbatível. Em homenagens a elas já escrevi: “Os desenhos da maternidade” e “Chatices de mãe”.
Alguma frase ou alguma palavra que estará no texto será o título da crônica. Pode soar preguiçoso, poderia queimar alguns neurônios para encontrar um título mais pulsante e que arrebatasse o leitor, imediatamente, para dentro do texto. Mas sou adepta, pelo menos na escrita, da praticidade.
Costumo ser muito objetiva nas letras, digo tudo o que quero de maneira muito rápida. Raramente invado uma segunda folha. Uma só, de tamanho A4, me basta.
Você deve estar se perguntando que raios têm a ver “Kashmir” com essa crônica.
Tcharam! A maneira que ela foi criada merece o registro e aproveito também para esclarecer a curiosidade que alguns têm em saber como se dá o processo de criação.
Este texto, especificamente, foi organizado mentalmente, no dia 04 de novembro, às 7h35 da manhã, enquanto eu retornava de um compromisso matinal e ouvia “Led Zeppelin” cantando “Kashmir”.
Amei a sonorização da palavra “Kashmir”. Repita, por favor: “Kashmir”. Desconfio que a banda não deverá ficar chateada em eu ter surrupiado o mesmo título para batizar um texto meu. Aliás, olhando a letra da música há a palavra nela. Portanto, devo estar no caminho.
Leia a crônica e escute o som. A dobradinha fica bem legal.