Retirada de um shiploader pode prejudicar mais de 2 mil famílias por navio e demissão de 56 portuários foi confirmado por cargo de alta patente
Três fatores expostos na sessão da Câmara Municipal de Vereadores desta terça (18) confirmam que o desemprego ronda o Porto de Paranaguá. E os assuntos foram colocados em pauta pelo vereador eleito pelo PSB, Luiz Maranhão, membro da Comissão de Assuntos Portuários e Guarda Portuário em Paranaguá.
- desligamento do shiploader que movimenta açúcar ensacado no Porto de Paranaguá
- situação crítica dos portuários de Paranaguá
- situação crítica dos amarradores
Foram as questões apresentadas pelo vereador Luizinho Maranhão durante seu pronunciamento.
Para mostrar o grave problema que envolve um shiploader (um carregador automático de carga) que é utilizado para movimentação de navios com açúcar ensacado e a geração de emprego e renda, o legislador fez uma explanação em números para que fique fácil de entender a situação, realmente, crítica.
Um navio que movimenta 20 mil toneladas, que carrega 220 mil sacos de açúcar, necessita da seguinte mão-de-obra:
- Trabalhadores Portuários Avulsos- 392
- 984 ensacadores
- 694 viagens da Cooperativa de transporte
- 56 pessoas no serviço de conferentes, operação de máquinas e auxiliar de serviços gerais.
Por navio são 2.126 trabalhadores sem incluir funcionários de agência marítima, despachantes e prestadores de serviço em geral.
“E o superintendente do porto manda ofício para a empresa Teapar (que hoje opera o equipamento) determinando a retirada do equipamento (shiploader) até o final de agosto. Não vamos permitir que isso aconteça”, confirmou o vereador. “Muitos dos compradores exigem a necessidade deste tipo de equipamento”, lembrou Maranhão.
Segundo ele, o Diretor representante da Teapar não vê dificuldades para que se faça nova licitação para que o equipamento possa ser operado por outra empresa, mas que permaneça no Porto de Paranaguá.
PDI?
Outro assunto tem a ver com demissão de portuários. O membro da Comissão de Assuntos Portuários, Luizinho Maranhão, comentou que houve uma reunião com a diretoria do Porto e o superintendente Dividido afirmou que não haveria demissão de funcionários, mas um PDI- Programa de Demissão Individual.
“Para minha surpresa, hoje, eu estive reunido com a Procuradora Jurídica do Porto de Paranaguá e ela disse que até o dia 31 de julho 56 portuários da extinta Copasa serão despedidos. Gente que está no porto há mais de 30 anos e nunca teve problema”.
“Mandem embora primeiro, os 110 cargos que não representam nada para a cidade de Paranaguá”, sugeriu.
Amarradores
Não menos importante, mas que já ganhou destaque com matérias específicas no Blog, vem a situação dos amarradores que não querem perder o mercado de trabalho e travam um jogo de braço com a administração portuária.
São 700 famílias que fazem parte do Sindicato dos Amarradores e que estão vendo o mercado de trabalho ser abocanhado por empresas, mesmo depois de anos de atuação na área portuária.
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