Furtos e roubos assustam moradores em todo o Litoral. Assunto foi discutido na Câmara de Vereadores e nova diretoria do Conseg é empossada em Paranaguá

O vereador Adilson Soares Zela, Tucano, apresentou requerimento para que o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Paranaguá (Conseg) participe de uma das sessões da Câmara para falar de segurança pública.
Seu pedido foi justificado com depoimento do que ele mesmo viu acontecer recentemente na cidade. “Vi que dois homens pegaram uma mulher, derrubaram, pegaram bolsa e chutaram a mulher e só não bateram mais porque os taxistas interferiram”, disse.
Escolas sendo arrombadas por falta de segurança. A APAE- escola que atende crianças excepcionais, foi arrombada e furtada. Até computador com laudos médicos dos alunos foi levado. Furtos e roubos também têm acontecido em empresas marítimas, bancos, lojas e até mesmo na rua, seja à noite ou em plena luz do dia.
O requerimento do vereador Tucano foi aprovado e espera-se que Sami Zahra, reeleito para a presidência do Conselho e empossado nesta semana, possa comparecer na sessão até o dia 30.
O assunto foi discutido por vários vereadores. O vereador Benedito Nagel lembrou que a Câmara já fez uma audiência sobre o assunto e nada ficou resolvido. Sargento Orlei sugeriu chamar todos os segmentos da segurança pública que têm em Paranaguá.
Foi proposto chamar Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Portuária, Conselho de Segurança, Secretaria de Estado de Segurança, unidade local da Polícia Federal, Capitania dos Portos, Secretaria Municipal de Segurança, entre outros segmentos.
“Hoje dá medo de sair na cidade. Precisamos debater a segurança nessa casa”, insistiu Tucano.
O debate aconteceu na última terça-feira, dia 16. Na quarta-feira, dia 17, aconteceu a posse do novo Conselho Comunitário de Segurança que manteve Sami Zahra como presidente.
A diretoria ficou composta com Agostinho Sloboda como vice-presidente, Nasser Hamud como secretário, Jerry Angelo de Souza como tesoureiro, Luciano Costa como diretor de comunicação, Marcelo Cardoso como diretor administrativo, Álvaro Weiler como diretor contábil e Emanuele Martins como presidente do conselho de ética.

Delegacia Cidadã
Outro assunto que vem sendo discutido na cidade é a construção da Delegacia Cidadã. A Secretaria de Estado de Segurança do Paraná confirmou que o governador assinou a autorização para realização de processo licitatório para construção de uma Delegacia Cidadã, tipo 3, em Paranaguá. A obra compreende três pavimentos, com mais de 1.800 metros quadrados.
O terreno já foi estipulado no ano passado, num local pertencente ao Governo do Estado, ao lado do atual Batalhão da Polícia Militar.
O presidente do Conselho de Segurança de Paranaguá (Conseg), Sami Zahra, apóia a construção da nova delegacia. “Temos uma delegacia ultrapassada e mal localizada. Essa delegacia não vem com carceragem e há um decreto de determina 300 vagas no sistema prisional”.
Com essa nova delegacia, espera-se que o decreto seja cumprido.
Em relação a possível localização da delegacia, isto está a cargo de decisão unicamente do governo do estado, “impossibilitando qualquer posição por parte do Conseg”.
As definições do projeto Delegacia Cidadã no Paraná é de um local com estrutura para atender os diversos serviços referentes a polícia civil. Entre eles, cartórios, espaço de investigação e procedimentos de inquérito, realização de boletins de ocorrência, confecção de identidade, entre outros. Em relação à carceragem, as informações são de não haver espaço para manter presos constantes. Os detidos apenas devem permanecer por poucas horas, durante a realização dos procedimentos legais de atuação dos delitos.

Em Matinhos
Depois de muitos assaltos e furtos, o Sinclapol participou de uma Audiência Pública em Matinhos, que aconteceu na última terça-feira (16), no auditório do Sesc de Caiobá, sobre Segurança Pública. Mais de 600 moradores do Litoral paranaense acompanharam a audiência, com faixas e reivindicaram melhorias para a segurança pública, para quem trabalha com ela, mais policiais nas DPs e sem presos do Judiciário. “Na Operação Verão, o Litoral do Paraná é o lugar dos sonhos. Mas o restante do ano vira um “Deus nos acuda”, com roubos, assaltos a mão armada e invasões nas casas dos que não moram no litoral”, disse Ribas, presidente do Conseg de Matinhos.
“O Sinclapol tem cobrado constantemente a falta de pessoal nas DPs, principalmente no litoral e no interior do Paraná. Faltam escrivães, investigadores e delegados em várias DPs, entre outras necessidades básicas. E a permanência de presos nas carceragens das DPs é perigoso para os policiais de serviço e principalmente à população”, concluiu Daniel Côrtes, vice-presidente do Sinclapol.