Pastor da Amep foi chamado de fanfarrão na Câmara

Opinião de um dos vereadores foi definida pelos colegas como “deselegante”, mas as críticas que o pastor fez também foram lembradas e foi pedida retratação

19030512_784326238405134_7322672721166953951_nO vereador Sargento Orlei colocou lenha numa fogueira que já estava quase apagada, visto que tanto a Marcha para Jesus, assim como o show, foram sucesso de público e organização.

Mas, na primeira sessão da Câmara neste segundo semestre, e logo após os eventos que encerraram as festividades do aniversário da cidade, a manifestação que o Pastor Irineu fez como presidente da Amep (Associação dos Ministros Evangélicos de Paranaguá) na Casa de Leis veio à tona.

Sem declinar nomes, o vereador Orlei falou que “aquele mesmo fanfarrão que veio aqui- pra mim é fanfarrão- porque logo após de fazer todo aquele discurso bonito, vai lá na prefeitura e tira uma foto com o prefeito. Nós temos depoimentos de alguns pastores de igrejas que disseram…. que o que foi dito é inverdade, ou seja, é mentira porque a prefeitura sempre apoiou a Amep”, disse o edil que também é evangélico.

Pra que, né?! Foi o bastante para que o ‘desabafo’  virasse um verdadeiro debate entre os vereadores.

Jaime da Saúde disse que não foi, nem ele nem o vereador Adriano Ramos que procuraram a Amep, mas o contrário. “Com todo respeito, mas o vereador Orlei foi indelicado com os pastores”, disse.

Adriano Ramos disse que não tinha procuração para defender o pastor Irineu. “Mas ‘fanfarrão’ não caiu bem. Tem que ter respeito”, declarou. “Fanfarrão? Foi uma palavra muito pesada, foi uma infelicidade do vereador Orlei”, completou.

O vereador Luiz Maranhão fez apenas uma observação quanto ao assunto quando sugeriu que fosse feito um pedido de desculpa pela “deselegância” com a palavra usada (fanfarrão) e também fez a mesma sugestão ao pastor para que este também se retratasse quanto ao que falou na Câmara. “Ele também foi infeliz no pronunciamento que fez aqui”, comentou.

Voto de repúdio

“Parece que a carta não foi escrita por ele”, disparou o vereador Nilo quando usou da tribuna e comentou sobre o documento que o pastor leu na sessão antes da realização da marcha ou do show com André Valadão. “Muitos pastores reprovaram a ação dele neste plenário, provocadas por palavras muito fortes”, complementou. “Ele veio aqui para falar da Marcha e saiu daqui dando um voto de repúdio para todos os vereadores”, lembrou.

“É só ver o vídeo que é possível ver que o voto de repúdio foi para todos”, repetiu. “Não devemos devolver com a mesma moeda”, finalizou.

“Eu não me senti ofendido”, disse Jaime da Saúde. “Mas fiquei preocupado com o que foi dito sobre a carta. Não fui nem eu, nem o vereador Adriano”, reforçou.

Para o vereador Edu, a forma como o pastor foi tratada também pode ter sido deselegante. “Mas o pastor também ofendeu a Casa, sim. Só buscar as gravações. Caberia uma retratação”, defendeu.

Para encerrar o assunto, o último a opinar foi o vereador Nagel. “Eu não usaria a palavra fanfarrão.  Agora um pastor que coloca numa postagem a lista da votação e diz olha a lista dos lixos, isso não é postura de um pastor”, criticou Nagel.

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