Famílias vivem apenas da pesca no Litoral Paranaense

Em Guaraqueçaba, ações asseguraram que os moradores tenham acesso a políticas públicas e cidadania

Programa Família Paranaense chega a ilhas distantes - Foto: Aliocha Maurício/SEDS

Programa Família Paranaense chega a ilhas distantes – Foto: Aliocha Maurício/SEDS

A 40 minutos de barco de Guaraqueçaba (Litoral), depois de passar por muitas ilhas desabitadas, já é possível avistar algumas casas à beira-mar, que formam o pequeno povoado da Ilha de Taquanduva. Ali vivem sete famílias, todas em situação de vulnerabilidade social, e que têm a pesca como principal meio de subsistência.

Uma vez ao mês, a equipe do programa Família Paranaense de Guaraqueçaba aporta na ilha, para levar atendimento social aos moradores e assegurar que tenham acesso a políticas públicas e cidadania. A visita ao local é possível graças ao barco, do tipo voadeira, comprado pela prefeitura com recursos do Governo do Estado.

A secretária de assistência social de Guaraqueçaba, Gisele Sarubi, conta que a embarcação usada pela equipe do Família Paranaense é o principal meio de transporte para chegar as 27 ilhas que pertencem ao município. Em todas, há ao menos uma família acompanhada pelo programa.

VIDA MELHOR – A família da dona de casa Lourdes Mendes, 52 anos, está entre as que recebem as ações do Família Paranaense, em Taquanduva. Desde que a equipe do programa começou a visitar a ilha, Lourdes, o marido – que é cadeirante – e os quatro filhos têm recebido atenção e apoio para melhorar as condições em que vivem.

“A gente vive do caranguejo, mas quando não é época a situação fica muito difícil”, diz ela. “Essa ajuda que eles (Família Paranaense) dão pra gente é bem-vinda. Sempre estão aqui, visitando a gente, perguntando o que a gente precisa”, conta Lourdes.

Além de receber o Renda Família Paranaense, repasse do Estado que completa a renda mensal, a família passou a ser visitada pelos Agentes Comunitários de Saúde. Lourdes, que é analfabeta, foi matriculada no programa de alfabetização de adultos, e a filha Rafaela Mendes, 27 anos, agora já tem documentação básica.

“Passei por muitas dificuldades, meu marido ficou doente, caiu minha casa e eu não podia fazer outra, mas eles me ajudaram. Estou aqui com a ajuda deles”, lembra Lourdes, se referindo ao grande temporal que atingiu a ilha há alguns meses e danificou a maioria das casas.

Com a articulação do programa Família Paranaense junto aos órgãos municipais, a família deixou a área de risco e foi reassentada. O novo lar tem banheiro e saneamento, diferente da moradia anterior. “Era horrível não ter banheiro. Agora estamos mais sossegados. Ficamos muito felizes quando eles (equipe do programa) vêm aqui”, diz a dona de casa.

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