Por: Kátia Muniz

A tarde do último dia 21/10 poderia ter sido como outra qualquer. Aquelas tardes típicas em que a gente acaba fazendo a mesma coisa de sempre, presos a uma rotina que muitas vezes engloba estudo, trabalho e um olhar voltado para o nosso individualismo. Poderia, mas não foi.

O Rotaract Clube de Paranaguá Rocio resolveu chacoalhar qualquer monotonia e promoveu o Primeiro Sarau Cultural com o objetivo de valorizar a arte local em diversas áreas como: literatura, música e dança.

Sob a batuta de jovens munidos de muita garra e capacidade de fazer acontecer, eles entregaram, para quem se dispôs a prestigiar, um evento com uma programação mesclada, que arrancou aplausos e encheu a tarde de momentos muito emocionantes.

O público veio, lotou o local, interagiu, vibrou, curtiu e teve a oportunidade de conhecer alguns artistas que, muitas vezes estão por aí sem conseguir um espaço para divulgar o seu próprio trabalho. Com a oportunidade, todos tiveram seu tempo para mostrar um pouco do que realizam, fazem e produzem.

Era a arte exposta, falada, sentida, sonhada. Era gente em movimento, entregando um pouco de si para que o todo fosse abastecido com algo pulsante.

Diante de um mundo tão individualista, pesado e carregado de tragédias, há de se ter um respiro que nos faça acreditar que ainda é possível apostar as fichas na capacidade humana de fazer o bem, de se doar, de modificar, de criar, de transformar, nem que seja por alguns minutos ou algumas horas, o olhar acostumado de nossas retinas.

Quem esteve presente teve a possibilidade de apreciar não somente os artistas que se apresentaram, mas também a força, a união dos jovens do Rotaract, que se juntaram em prol do coletivo, promovendo assim a diferença.

A tarde foi rica em conhecimento, em aprendizado, em cultura, em desenvoltura, em arte. Um verdadeiro presente, um bálsamo que faz modificar o olhar diante dos dias que nos parecem tão iguais.