Sífilis aumenta no Paraná, mas cai em Paranaguá

Total de casos registrados, em Paranaguá, em 2011 foi de 54 para 274 em 2013. Desde então, os números vêm caindo para total de 95 em 2016 e 76 (parcial) em 2017

Um dos estágios da sífilis é marcado por manchas que coçam

Um dos estágios da sífilis é marcado por manchas que coçam

A Secretaria de Estado da Saúde alerta para o aumento exponencial dos casos de sífilis no Estado. Em 2011, o Paraná registrou 474 casos de sífilis em gestantes e em 2016 este número subiu para 2.066. No mesmo período a sífilis congênita teve um aumento de 345,3% (212 casos em 2011 e 732 em 2016). A sífilis adquirida apresenta os dados mais alarmantes. Em cinco anos, houve aumento de 1.231% – de 439 casos registrados em 2011 para 5.393 em 2016.

A sífilis é transmitida por contato sexual ou das mães para os filhos durante a gestação. Entre os principais efeitos causados por ela estão pequenas feridas nos órgãos sexuais e boca, além do aparecimento de ínguas.

Saiba quais são os tipos de sífilis e a situação de Paranaguá!

Teste rápido para sífilis

Teste rápido para sífilis

Existem três tipos de sífilis: a adquirida (que é transmitida por relações sexuais), em gestantes (que adoecem depois de ter relações com uma pessoa infectada) e a congênita (transmitida de mãe para filho durante a gestação).

A enfermeira da divisão de DSTs/AIDS e Hepatites Virais, Mara Franzoloso, diz que o aumento dos casos não é algo novo. Ela reforça, ainda, que a melhor maneira de prevenir-se contra a sífilis é se protegendo nas relações sexuais.

“O uso de preservativos ainda é uma das maneiras mais eficazes de evitar qualquer doença sexualmente transmissível. Com a camisinha podemos diminuir os números da sífilis e de outras doenças que causam medo na população, como a Aids, por exemplo”, afirmou.

Em Paranaguá

Os números em Paranaguá também aumentaram quando comparados, apenas entre os anos de 2011 e 2016.

 

Porém nos anos de 2012 e 2013 o aumento foi significativo e vem caindo desde então.

Para se ter uma ideia, o total de pessoas com sífilis – entre gestante, congênita e não especificada – passou de 54 pessoas em 2011 para 274 em 2013.

Desde 2013, entretanto, os números vem caindo. Em 2014, o total foi de 206 pessoas com sífilis, 149 em 2015, 95 em 2016 e 76 (parcial) em 2017. As informações são do Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde.

Esta doença é um mal silencioso, após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente.

Os sintomas são diferenciados por estágios. Mas vai desde pequenas lesões avermelhadas nos órgãos genitais que acabam desaparecendo após 4 ou 5 semanas sem deixar cicatrizes e não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha, passa pelo segundo estágio com manchas vermelhas na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, com dor de cabeça, dor de garganta e febre até o terceiro estágio – muito mais grave quando não tratada- com sintomas como  lesões maiores na pele, boca e nariz, problemas em órgãos internos como coração, ossos, até convulsões e perda auditiva, delírios e alucinações.

Percebeu as primeiras reações? Não perca tempo. Procure um clínico geral, urologista ou ginecologista. O médico irá solicitar um exame de sangue até um teste rápido de sífilis.

A sífilis tem cura e pode ser facilmente tratada com injeções de penicilina, mas ele deve ser iniciado o mais rapidamente possível para evitar o surgimento de complicações graves em outros órgãos como o cérebro, o coração e os olhos, por exemplo.

Quando a Sífilis é diagnosticada precocemente, ela não costuma causar maiores danos à saúde e o paciente costuma ser curado rapidamente.

Durante o tratamento, o paciente deverá fazer visitas regulares ao médico para garantir que está tudo bem. É necessária a realização de exames de sangue de acompanhamento após 3, 6, 12 e 24 meses para garantir que não há mais infecção.

A atividade sexual deve ser evitada até que o segundo exame mostre que a infecção foi curada. A sífilis é extremamente contagiosa por meio do contato sexual nos estágios primário e secundário.

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