Cidade continua ‘se coçando’ por causa das mariposas

Número de atendimentos, somente, na UPA chega a 1.081. Não são contabilizadas consultas no Hospital Paranaguá, Clínica São Paulo e consultórios médicos que atendem particular ou plano de saúde

Pontos pretos no muro são mariposas

Pontos pretos no muro são mariposas

A  cidade continua, literalmente, “se coçando” por causa das mariposas.

Foram 1.081 casos notificados oficialmente na UPA desde o dia 20 de novembro. Entretanto, a perspectiva é que o número seja muito maior, tendo em vista que, ao descobrir o tratamento, muitas pessoas nem passaram mais pelo local.

Além disso, muitas pessoas procuram o Hospital Paranaguá, Clínica São Paulo ou consultórios médicos, o que inviabiliza a contabilização exata das pessoas que foram atingidas pelo pó que o inseto espalha quando voa.

Em 2010, o surto da mariposa chegou a registrar mais de cinco mil atendimentos em todo o Litoral.

“As mariposas são atraídas pela luz, invadem os domicílios e áreas externas, como varandas, sacadas e calçadas, e, ao se debaterem perto de lâmpadas, liberam as cerdas que acabam atingindo diretamente a pele ou ficam depositadas em roupas e outros objetos”, explica a chefe da Divisão de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde.

Segundo ela, somente as mariposas fêmeas deste gênero causam dermatite. As lesões são observadas poucas horas após o contato e acompanhadas de intensa coceira. A melhora do quadro ocorre de sete a 14 dias após o inicio dos primeiros sintomas.

“Há casos em que pode ser observado comprometimento oftalmológico, muitas vezes com inflamação da córnea e íris, após as pessoas coçarem os olhos”, explica. A orientação é lavar com água e buscar atendimento médico.

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