Caso da youtuber: Rosania pede júri popular para irmãos Vargas

Mãe da youtuber Isabelly Cristine Santos, que foi morta aos 14 anos em uma suposta briga de trânsito na PR-412, no Litoral do Paraná, Rosania Domingos Santos prestou depoimento à Justiça nesta terça-feira (10). Foi a primeira vez que ela ficou frente a frente com os irmãos Everton e Cleverson Vargas, que confessaram o disparo de arma de fogo que atingiu Isabelly como divulgaram os jornalistas Felipe Ribeiro e Antônio Nascimento no site da Rádio Banda B.

Rosania afirmou que não foi intimidada pela presença dos irmãos, mas lamentou que a lembrança do crime seja tão dolorosa. “Eu estou otimista, já que só contei a verdade. Eles [irmãos Vargas] estavam chorando muito, mas eu os encarei. A única coisa que pedi foi justiça para a minha filha e a ida deles para o júri popular”, disse.

A audiência foi realizada no Fórum de Paranaguá. Além de Rosania, o motorista do carro de Isabelly, Herbert Luiz de Felix, e o filho dele também foram ouvidos como testemunhas de acusação. Da defesa, duas pessoas foram ouvidas, incluindo a garçonete que atendeu os irmãos minutos antes em uma lanchonete do balneário Santa Terezinha, em Pontal do Paraná.

De acordo com o advogado dos irmãos Vargas, Claudio Dalledone,  “a audiência foi tensa, mas muito emocionante. Os irmãos Vargas continuam presos no Centro de Triagem de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.

O crime

Isabelly teve morte cerebral ao ser atingida por um disparo de arma de fogo, na cabeça na madrugada de 14 de fevereiro, na PR-412, próximo ao Balneário Shangrilá, em Pontal do Paraná. A polícia suspeita que uma briga de trânsito tenha motivado o crime, mas ambas as negam a versão.

A Promotoria de Justiça de Pontal do Paraná, no Litoral, apresentou denúncia criminal contra os dois acusados pela morte da adolescente ainda em fevereiro. Éverton foi denunciado como autor de homicídio qualificado por motivo torpe e Cleverson, que estava dirigindo o carro, como partícipe. As penas previstas são de 12 a 30 anos de prisão. Éverton, o atirador, foi denunciado ainda por porte ilegal de arma de fogo e munição (pena de dois a quatro anos), e seu irmão por embriaguez ao volante (pena de seis meses a três anos), informou o Ministério Público do Paraná (MP-PR).

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