Eleições 2018: veja quem são os candidatos à Presidência da República

Com 13 nomes confirmados nas convenções partidárias, corrida presidencial deve ter o maior número de concorrentes desde 1989

Ao final do prazo para realização das convenções partidárias, 13 legendas confirmaram seus nomes na corrida pela Presidência da República nas eleições 2018. Caso os indicados sejam confirmados pela Justiça Eleitoral e o cenário não se altere, este será o maior número de candidatos ao Palácio do Planalto desde 1989.

As convenções partidárias são o primeiro passo para oficialização das candidaturas. De acordo com o calendário definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elas deveriam ser realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto. Depois disso, as siglas têm até o dia 15 de agosto para registrarem os pedidos de candidatura no TSE. O Tribunal deve julgar todas as solicitações até o dia 17 de setembro.

Confira abaixo, por ordem alfabética, quais são os candidatos à Presidência confirmados pelos partidos em suas convenções nacionais:

Alvaro Dias (Podemos)
O Podemos oficializou Alvaro Dias como candidato a presidente da República em convenção realizada em Curitiba, O vice na chapa será Paulo Rabello de Castro (PSC). Senador eleito com 77% dos votos do Paraná na última eleição, ele enfatizou o combate à corrupção durante discurso no evento. O jurista Miguel Reale Junior, um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma, estava presente na cerimônia.

Cabo Daciolo (Patriota)
O Patriota, antigo Partido Ecológico Nacional, oficializou neste sábado, 4, o nome do deputado federal Cabo Daciolo como candidato a presidente da República. A pedagoga Suelene Balduino Nascimento, também filiada ao partido, é a vice da chapa.

Ciro Gomes (PDT)
O PDT oficializou Ciro Gomes como candidato a presidente da República na tarde de 20 de julho, a vice na chapa será a senadora Katia Abreu, também do PDT. Em um discurso para uma plateia de militantes que não contou com a presença de líderes de outros partidos, ele rebateu críticas recebidas do mercado financeiro, falou sobre seus planos para segurança pública e afirmou que estará ao lado dos mais pobres e da classe média.

Geraldo Alckmin (PSDB)
O PSDB oficializou Geraldo Alckmin como candidato à Presidência da República em convenção realizada em Brasília. O ex-governador recebeu 288 votos dos 290 delegados do partido que participaram da votação. Na cerimônia, também foram aprovadas a coligação – com PP, DEM, PR, Solidariedade, PRB, PSD, PTB e PPS – e o nome da senadora gaúcha Ana Amélia (PP) como candidata a vice.

Guilherme Boulos (PSOL)
Na tarde de sábado, o PSOL oficializou Guilherme Boulos como candidato a presidente da República. Durante a convenção partidária, realizada no centro de São Paulo, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) disse estar preocupado com a participação de militares na política brasileira, prometeu revogar atos do governo Temer, como a reforma trabalhista e o teto de gastos públicos, e criticou o Judiciário.

Henrique Meirelles (MDB)
Em convenção realizada no dia 2 de agosto, o MDB oficializou a candidatura de Henrique Meirelles à Presidência da República. O nome do ex-ministro da Fazenda foi aprovado com 419 votos dos delegados do partido.
O presidente da República Michel Temer esteve na cerimônia e afirmou que Meirelles dará continuidade “às reformas de que o País ainda precisa”.
O vice na chapa será Germano Rigotto, também do MDB. Segundo Meirelles, o ex-governador do Rio Grande do Sul foi uma “escolha pessoal”. O partido fechou aliança apenas com o PHS para as eleições deste ano.

Jair Bolsonaro (PSL)
No domingo, 21, o PSL definiu por aclamação Jair Bolsonaro como candidato a presidente da República. Ovacionado durante a convenção realizada no Rio de Janeiro, o deputado federal disse que pretende fundir os ministérios da Fazenda e do Planejamento; e da Agriculta e do Meio Ambiente. O presidenciável também falou sobre possíveis privatizações de estatais.O vice na chapa será o general Hamilton Martins Mourão, do PRTB. O nome do militar foi confirmado após as recusas do senador Magno Malta (PR) e da advogada Janaina Paschoal.

João Amoêdo (Novo)
O empresário João Amoêdo foi oficializado pelo Partido Novo como candidato à Presidência  em convenção realizada neste sábado, 4. A cerimônia, realizada em São Paulo, contou com a prensença do técnico de vôlei Bernardinho, que é filiado à sigla e chegou a ser cotado como candidato a governador do Rio de Janeiro.Com passagens por Unibanco e Itaú-BBA, Amoêdo defende a privatização das empresas estatais brasileiras, mas rejeita o rótulo de “candidato do mercado financeiro”. Durante a convenção do Novo, ele declarou que deseja ser um “servidor” da população. O candidato a vice na chapa será o professor universitário Christian Lohbauer.

João Goulart Filho (PPL)
Último partido a oficializar seu candidato à Presidência, o PPL aprovou neste domingo, 5, o nome de João Goulart Filho como um dos concorrentes ao Planalto. Filho do ex-presidente João Goulart, deposto pela ditadura militar em 1964, está é a primeira vez que ele concorre ao cargo.O candidato a vice na chapa será Léo Alves, professor da Universidade Católica de Brasília.

José Maria Eymael (DC)
O partido Democracia Cristã (DC) oficializou, em convenção realizada no dia 28 de julho, a candidatura de José Maria Eymael para a Presidência. Conhecido pelo jingle “ei, ei, Eymael, um democrata cristão”, está é a quinta vez que o ex-deputado federal concorre ao Palácio  do Planalto. O vice na chapa este ano será o pastor Helvio Costa.

Lula (PT)
Em convenção realizada no centro de São Paulo neste sábado, 4, o PT oficializou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado pela Lava Jato, como o candidato do partido pela sexta vez à Presidência da República nas eleições 2018. No evento, o nome de Lula foi aclamado por unanimidade e uma carta do ex-presidente foi lida para a militância.
“Já derrubaram uma presidenta eleita; agora querem vetar o direito do povo escolher livremente o próximo presidente. Querem inventar uma democracia sem povo”, escreveu Lula. No texto, ele pediu o empenho da militância para a vitória do partido.
Condenado em segunda instância pela Justiça Federal a 12 anos e um mês de prisão, Lula pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O vice na chapa será o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, decidido em acordo também orientado pelo ex-presidente. Antes disso, foi ventilado o nome da deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila, que era pré-candidata à Presidência pelo PCdoB, mas o partido fechou uma coligação com o PT, que também inclui o PROS e o PCO.

Marina Silva (Rede)
Marina Silva foi oficializada neste sábado, 4, como candidata a presidente da República pela Rede. Fundadora do partido, ela foi aprovada por aclamação para concorrer pela terceira vez ao Palácio do Planalto.
“O povo brasileiro não vai ser substituído por ‘Centrões’ de direita e esquerda. No centro está o povo brasileiro”, disse a candidata durante a convenção. No discurso de quase 50 minutos, ela fez referência direta a Geraldo Alckmin e criticou o acordo do ex-governador com o chamado Centrão. O vice na chapa será Eduardo Jorge, do PV. Ex-deputado federal, ele também foi candidato à Presidência em 2014.

Vera Lúcia (PSTU)
Na noite de sexta-feira, 20, o PSTU oficializou a candidatura da operária sapateira Vera Lúcia para a Presidência da República.  A convenção, realizada na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, também definiu o professor e ativista Hertz Dias como vice da chapa. O partido também decidiu que não fará nenhuma coligação.
Formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe, Vera Lúcia foi candidata à Prefeitura de Aracaju em 2012. Nas eleições 2018, a sapateira quebra a hegemonia do dirigente Zé Maria – candidato a presidente nas últimas quatro eleições – como postulante do PSTU na corrida ao Planalto.

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