Quem já tomou vacina contra febre amarela não precisa repetir dose

Soube que leva 10 dias para a vacina fazer efeito. Por isso corri para vaciná-los o quanto antes”, declarou mãe que levou os filhos para tomar a vacina contra a febre amarela

A dona de casa Emília Garibaldi, que é do Espírito Santo e está há pouco mais de dois meses vivendo em Paranaguá, ficou preocupada quando teve as primeiras informações sobre a possibilidade de a cidade ter casos de febre amarela. Aproveitou a manhã de folga no trabalho e levou os dois filhos para serem vacinados, na unidade da Gabriel de Lara. “Soube que leva 10 dias para a vacina fazer efeito. Por isso corri para vaciná-los o quanto antes”, declarou a mulher.

Até 2014 havia o entendimento de que a dose deveria ter reforço a cada 10 anos, mas de lá para cá a Organização Mundial de Saúde emitiu parecer técnico e definiu que basta se vacinar uma vez para estar protegido a vida inteira. Pessoas com mais de 60 anos, grávidas, mulheres que estão amamentando bebês de até seis meses e imunodeprimidos como portadores de HIV só podem ser vacinados se tiverem indicação médica.

Indicada para pessoas com idade entre 9 meses e 59 anos a vacina contra a febre amarela está disponível em todos os postos de saúde de Paranaguá em horário comercial, das 8h às 17h, e também no período da noite em Alexandra, Vila Divinéia (Branquinho), Serraria do Rocha, Ilha dos Valadares, Jardim Iguaçu e Gabriel de Lara.

Restrições e sintomas

A médica infectologista Lúcia Eneida Rodrigues orienta que assim que houver suspeita de febre amarela o paciente não pode se automedicar e fazer o uso de remédios com Ácido Acetilsalicíco (AAS) e Paracetamol, pois eles podem provocar sangramentos e assim agravar o quadro clínico do paciente. “É importante ficar muito atento a isso. Há a suspeita da doença, procure um médico na unidade de saúde mais próxima que este profissional vai saber dar a orientação correta”, comenta a médica.

Segundo Dra. Lúcia Eneida os sintomas da febre amarela variam bastante. Podem ser leves a ponto de serem confundidos com uma virose ou evoluir para complicações graves e morte. “Febre súbita, mal-estar, cefaléia (dor de cabeça), dores musculares muito fortes, cansaço, vômito e diarreia são sinais da doença que surgem de repente, em geral, de três a seis dias após a picada do inseto (período de incubação do vírus)”, explica a médica.

Há casos em que a evolução da doença segue para a icterícia, ou seja, a pele e os olhos ficam amarelados progressivamente, e o paciente tem hemorragias, comprometimento dos rins (anúria), do fígado (hepatite e coma hepático), do pulmão, problemas cardíacos (miocardite) e encefalopatias (convulsões e delírios). “Tendo esses sintomas todos é importante procurar o serviço médico mais perto e buscar tratamento”, completa a profissional.

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