Emoção no velório do jovem de 19 anos que faleceu nesta semana

Latrocínio, crime de roubo seguido de morte, deixou a cidade perplexa. Muitos pais inconformados e amigos tristes com a morte repentina. Amigos deixam as últimas homenagens

4.1- rapazUm jovem de 19 anos foi assassinado na Vila Horizonte. O crime aconteceu por volta das 21h20 horas de quarta-feira, dia 27, na rua Baronesa do Cerro Azul.

Mauri da Silveira Junior, 19 anos, estava na frente da casa da namorada quando foi abordado por dois elementos que anunciaram o assalto. Mauri reagiu e foi esfaqueado no peito.

Os ladrões queriam o celular do rapaz.

Foto: whatsapp Chistian Barbosa

Foto: whatsapp Chistian Barbosa

Uma equipe do SAMU foi acionada, fez os procedimentos de emergência, mas a vítima não resistiu ao ferimento e morreu no local. Viaturas da ROTAM e RPA estiveram no local dando apoio a essa ocorrência. Constatada a morte, a criminalística fez o trabalho de perícia e na sequência o corpo foi recolhido e encaminhado para Instituto Médico Legal (IML) de Paranaguá.

Na rede social Facebook, no perfil do rapaz, eram muitas mensagens de amigos e familiares sendo registradas durante o dia de ontem, após conhecimento da tragédia.”Inacreditável….Minha oração pra Deus conforte e sustente a familia nesse momento que eu sei é de muita dor”, disse Aurélia Martins Barbosa.

“Mauri porque foi me deixar meu amigo, não acredito ainda e nunca vou acreditar, guardarei você em meu coração meu querido. Muito obrigado por me fazer dar altas risadas com suas brincadeiras e como você dizia vamooo dormiiiii. Descanse em paz meu querido e que Deus conforte a todos”, escreveu o amigo Filipe Santos na timeline do perfil do amigo Mauri, no Facebook.

“Um menino abençoado, alegre, com um coração enorme. Você já cumpriu sua missão aqui na terra, infelizmente. Nunca imaginei que fosse acontecer isso, tão cedo, tão tragicamente, com um menino tão bom, mas sei que está em um lugar muito melhor, sem sofrimento, e com muita paz e luz. Que Deus conforte muito a sua família. Vai deixar muita saudade, viu? Vai em paz, e olhe por nós aí em cima”, disse a amiga Maria Eduarda.

“Junior foi, é e sempre será uma bênção para todos os que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Com certeza está ao lado do Pai Celestial, e despedidas assim nos faz pensar o quanto somos frágeis, mas da mesma forma marcantes. E Juninho com certeza marcou as nossas vidas”, completa Miguel Ferreira.

Há dois anos que a cidade não vivia uma situação dessa, ou seja, um latrocínio, tipo de crime que envolve roubo e assassinato. O último latrocínio registrado na cidade foi em janeiro de 2014.

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  1. Olá. Peço que o editor na notícia faça chegar a quem interessar possa o seguinte artigo. Seria útil até mesmo reproduzi-lo no “Diário do Comércio”. Obrigado.

    “O Estado covarde

    Olavo de Carvalho
    Diário do Comércio (editorial), 21 de fevereiro de 2006

    Uma coisa espantosa no Brasil de hoje é a candura, a inocência pueril ou mongolóide com que, num país onde ocorrem 50 mil homicídios por ano, as pessoas se acomodam à violência como uma fatalidade inevitável , dizendo de si para si que aquilo que não tem remédio remediado está, e saem buscando soluções para outros problemas em volta.

    Digo cinqüenta mil porque é a estatística oficial da ONU. Segundo o repórter espanhol Luís Mir são 150 mil. Mas, se fossem cinqüenta mil, já seria o equivalente a três guerras do Iraque por ano, em tempo de paz.

    Quem pode fazer a economia render, ampliar o mercado de empregos, aumentar a produção de bens, melhorar a distribuição, numa sociedade onde ninguém tem o mínimo de segurança física para saber se vai voltar vivo do trabalho? Quem pode pensar em educação, saúde, habitação, vestuário, se está sob ameaça de morte 24 horas por dia?

    Isso é tudo ilusão, besteira, desconversa. Sem segurança não há progresso, educação, saúde, nem coisa nenhuma. Todo mundo sabe disto e faz de conta que não sabe. Faz de conta porque tem medo de enfrentar o problema fundamental, e então sai brincando de resolver os problemas periféricos só para dar “a si mesmo ou à platéia” a impressão de que está fazendo alguma coisa.

    A taxa anual de homicídios no Brasil significa, pura e simplesmente, que não há ordem pública, não há lei nem direito, não há Estado, não há administração, há apenas um esquema estatal de dar emprego para vagabundos, sanguessugas, farsantes. O Estado brasileiro é uma instituição de auto-ajuda dos incapazes. E você, brasileiro, paga. Paga a pantomima toda. Paga para o sr. Gilberto Gil fazer de conta que é culto, paga para o sr. Nelson Jobim fazer de conta que é honesto, até para o sr. Lula da Silva fazer de conta que preside alguma coisa.

    O Brasil, na verdade, só tem dois problemas: a insegurança geral e a inépcia da classe dirigente. O primeiro não deixa ninguém viver e o segundo anestesia a galera para que não ligue e trate de pensar em outra coisa.

    Desaparecidos esses dois problemas, a sociedade encontraria sozinha as soluções dos demais, sem precisar da ajuda de governo nenhum. A sociedade pode perfeitamente criar e distribuir riqueza, dar educação às crianças, encontrar meios de que todos tenham uma renda decente, moradia, saúde, assistência na velhice.

    O que a sociedade não pode é garantir a ordem pública pela força das armas e educar os governantes para que governem. Isso tem de vir do Estado. Mas o Estado, justamente para não ter de fazer o que lhe compete, prefere se meter em tudo o mais. É o Estado educador, o Estado médico, o Estado assistente social, o Estado onissapiente. Só não é o Estado-Estado. Só não é o que tem de ser.

    É o Estado que tem cada vez mais poder sobre os cidadãos e menos poder contra os inimigos do cidadão. É o Estado santarrão, pomposo, grandiloqüente e covarde.”

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