Na última quinta-feira (18/08), o secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani, esteve em Paranaguá onde se reuniu com os representantes dos quatro grupos de fandango de Paranaguá Mestre Nemésio (Pés de Ouro), Tiago Moreira (Mandicuera), Luiz Carlos Aguiar Junior (Mestre Romão), Cristiane (Mestre Brasílio) e cerca de 20 representantes culturais ligados ao fandango e à cultura parnanguara.

“Estamos aqui conversando com os mestres pra saber o que podemos fazer para transformar o Fandango em uma ação cultural efetiva para o Estado”, comentou o secretário Fiani sobre a reunião.

O encontro teve como principal objetivo estabelecer um diálogo permanente entre as esferas estadual e municipal junto às entidades fandangueiras para fortalecer e incentivar todas as manifestações relacionadas ao Fandango. Entre os assuntos abordados foi discutida a necessidade de oferecer cursos para violeiros e rabequeiros a fim de garantir a continuidade da tradição e possibilitar que novos fandangueiros sejam formados. O prefeito da cidade, Edison de Oliveira Kersten e a presidente da Fundação Cultural, Olga Maria e Castro participaram do encontro.

“Acho que essa proximidade do Fandango com o poder público é o caminho pra viabilizar muita coisa. Estamos à véspera do Encontro de Fandango, que começa amanhã, então isso veio só fortalecer mais a conversa que vai haver dos grupos no final de semana. A ideia é manter essa cultura viva dentro do nosso Litoral, que não se restringe só ao Paraná, ela vem desde Parati até Santa Catarina”, comenta o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Marcos Xavier Ribeiro, que também é membro do Conselho Estadual de Cultura.

Casa do Fandango
Outro assunto que esteve em pauta é a Casa do Fandango, espaço que será dedicado aos grupos locais, reivindicação antiga dos fandangueiros. “Minha luta agora é pra construção da Casa do Fandango”, disse Fiani, que completou “é importante termos um espaço para acolher as pessoas, receber turistas, para que possa ser discutido esse movimento cultural”.

O espaço também deve ser utilizado para cursos de formação de fandangueiros. O Mestre Nemésio, do Grupo de Fandango Pés de Ouro, considera que o local é imprescindível para a manutenção do movimento. “Tem muita coisa pra fazer, pra manter vivo (o fandango), mas principalmente o ensino dos músicos. Formar músicos e dançarinos e ter um espaço pra trabalhar e ensinar”.

Fandango
Herança dos primeiros colonizadores ibéricos, o Fandango tem suas danças e cantos ligados aos afazeres cotidianos. Historicamente é associado aos trabalhos coletivos das comunidades litorâneas do Estado. É Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro desde 2012.

Fonte: SEEC