Paranaguá recebe projeto Retinopatia Diabética

Caso você tenha interesse, precisa agendar a consulta que acontecerá neste dia 12. Ligue hoje para (41) 3422-3443. O evento acontecerá no Open Shopping, primeiro andar, salas 18 e 20

6-1-retinopatia-diabetica-tem-curaParanaguá recebe o projeto Retinopatia Diabética, neste sábado, dia 12 de novembro. Na ocasião os moradores da cidade poderão realizar exames de fundo de olho gratuitamente e assistir palestra sobre a diabetes. O evento é uma forma de conscientizar sobre o Dia Mundial do Diabetes – 14 de novembro- suas consequências e as formas de se proteger da doença.

Dra Maíra

Dra Maíra

A Dra Maíra de França fala, com exclusividade para o Diário do Comércio e para o Blog da Luciane sobre a ação e a diabetes, especialmente sobre a doença e a relação com a visão.

 Blog/DC – Como é feito o exame de retinopatia diabética? Qual o procedimento? É possível saber na hora do exame a resposta?

Dra. Maíra: O primeiro passo para o exame é a dilatação da pupila do olho para que se consiga visualizar a retina (fundo do olho). A dilatação da pupila leva em torno de 15 a 20 minutos após pingar os colírios, mas para pacientes diabéticos pode demorar mais tempo.

Após a dilatação o fundo do olho é avaliado com uma lente de aumento específica e luz, exame chamado mapeamento de retina.

As alterações causadas pela diabetes, chamada retinopatia diabética, são visualizadas imediatamente e o paciente já sabe se é portador ou não da doença, assim como a sua gravidade.

Blog/DC – O que provoca essa doença?

Dra Maíra: O diabetes acaba gerando a retinopatia diabética, pois a doença danifica os vasos de diversos órgãos do corpo uma vez que o excesso de açúcar no sangue faz com que os vasos sanguíneos sejam “corroídos”.

Os microvasos são os mais danificados, pois suas paredes são finas e perfuram facilmente com a “corrosão”.

Por isso é comum lesão nos olhos e nos rins, órgãos que recebem sangue através de microvasos.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, há atualmente no País cerca de 13,4 milhões de pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 – sendo boa parte economicamente ativa (entre 20 e 79 anos de idade) – e estima-se que, deste total, 90% deve desenvolver retinopatia diabética ao longo da vida.

Se o diabetes não for controlado adequadamente desde o seu início, há uma grande possibilidade do surgimento da retinopatia diabética.

Retinopatia diabética se não diagnosticada e tratada a tempo, leva a perda da visão total e irreversível.

Blog/DC – Qual são as formas de cura ou de amenização da doença e sintomas?

Dra. Maíra: Muitos pacientes só descobrem que têm o problema quando já perderam a visão em um dos olhos. Por isso, é essencial que os diabéticos façam o controle clínico da doença e visitem o oftalmologista de acordo com a necessidade determinada pelo médico, que pode variar de 30 dias a uma vez ao ano, para que possa realizar o diagnóstico precoce o mais cedo possível.

O objetivo do oftalmologista é diagnosticar a doença antes do paciente notar qualquer alteração visual, pois neste momento o tratamento é mais simples e evita qualquer tipo de perda de visão.

O tratamento oftalmológico deve estar associado ao controle clínico para ser eficaz. Indico o tratamento personalizado, conforme a necessidade de cada um dos pacientes, que pode ser através de fotocoagulação à LASER, cirúrgico ou farmacológico (medicamentos inseridos diretamente dentro do globo ocular). Atualmente o tratamento farmacológico é a melhor terapia para a maioria dos casos, porém seu custo é mais elevado.

A única forma de amenizar a doença é o controle da glicemia e o diagnostico oftalmológico precoce (antes do paciente notar qualquer alteração visual).

Blog/DC – Quais são os sintomas?

Dra. Maíra: Os principais sintomas da retinopatia diabética são perda da visão central, visão dupla, enxergar manchas pretas no campo visual periférico, visão embaçada e cegueira.

A maioria dos pacientes me procura pensando que o problema é utilização de óculos (grau), mas infelizmente esta doença não se corrige com uns simples óculos.

Os óculos só nos ajudam quando a retina está totalmente saudável.

Blog/DC – Qual a previsão em relação a número de pessoas que poderão ser atendidas no dia 12/11?

Dra. Maíra: Pedimos que todos os pacientes que queiram participar liguem e agendem a participação.

Todos assistirão a uma palestra sobre como a diabetes causa cegueira e como evitar com o Dr.Vinicius Carriero Lima e, aqueles que não têm convênio de saúde, serão em seguida conduzidos ao exame de mapeamento de retina comigo (Dra. Maíra de França Alves Martins).

O telefone é (41) 3422-3443. O evento acontecerá no Open Shopping, primeiro andar, salas 18 e 20.

Blog/DC – É do seu conhecimento que haja casos desta doença em Paranaguá ou em outra cidade do Litoral?

Dra. Maíra: Retinopatia Diabética está entre as 4 principais causas de cegueira no mundo, em especial em países com sérios problemas de educação e saúde como o nosso, pois a falta de informação somada à inexistência de um atendimento médico adequado leva a crescentes casos de cegueira que poderiam ter sido evitados com uma simples informação e um simples exame de mapeamento de retina.

Por isso fizemos questão das palestras, pois é fundamental que o paciente entenda como evitar essa grave doença.

Blog/DC – Mais algum esclarecimento para nossos leitores?

Dra Maíra: Este será o primeiro ano do evento e novas ideias já estão surgindo para o próximo ano.

Queremos com isso acabar com um problema tão grave e que pode ser evitado com medidas tão simples e assim fazer de Paranaguá uma cidade modelo sendo a primeira cidade sem cegueira por diabete no Brasil.

Dra. Maíra de França Alves Martins.

Especialista em Reina e Vítreo – Clínica e Cirúrgica ( HSPE-SP)

Especialista em Uveíte- inflamações intra-oculares- ( UNIFESP-SP)

Especialista em Ultrassonografia Ocular ( UNIFESP-SP)

Especialista em Visão Subnormal – Reabilitação Visual- ( USP- SP)

Mestrado em Ciência da Saúde ( USP-SP)

 

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