Deficiência física fala de inclusão em peça de teatro de bonecos

As apresentações acontecem na Escola Municipal em Tempo Integral Profa. Rosiclair da Silva Costa, na segunda-feira, dia 2 de outubro, às 10h e às 14h e na Escola Municipal em Tempo Integral Naya Castilho, na terça-feira, dia 3 de outubro, às 10h e às 14h

fotoParanaguá recebe pela primeira vez, nos dias 2 e 3 de outubro, a peça teatral “Um Mundo Para Todo Mundo”, dos produtores teatrais Rafael Magaldi e Leandro Borgonha.

A peça traz no seu enredo um garoto de dez anos, Peter, interpretado por Magaldi, que contracena com bonecos que possuem algum tipo de deficiência. Os bonecos são manipulados por Borgonha.

GiglioPeter é o único habitante do planeta Gelo, que vê na neve a possibilidade de criar um amigo, um boneco de neve e gelo. O boneco ganha vida quando Peter recebe uma tarefa diária da professora Estrela Maior (uma voz que dialoga com ele durante o espetáculo). O boneco de neve torna-se o colaborador de Peter na missão dada pela Estrela Maior, e para iniciar a jornada, ele dá ao garoto uma luneta que permite ver com o coração. Com este presente em mãos e ao lado de seu novo amigo, Peter visitará outros mundos, diferentes do seu, onde aprenderá em cada um, algo sobre si mesmo, sobre o outro e sobre as diferenças.

De acordo com o dramaturgo Leandro Borgonha, a equipe teve cuidado desde a pesquisa até a confecção dos bonecos para tratar o tema da maneira mais fiel possível. “Nossa preocupação era levar o trabalho para onde as crianças estão e propor um teatro com qualidade artística. Para isso, buscamos o auxílio da Unilehu (Universidade Livre para Eficiência Humana), que é uma instituição que trabalha com a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Isso foi fundamental para sabermos de que maneira tratar os mais diversos tipos de deficiência e suas nomenclaturas, procurando um equilíbrio entre o discurso teatral e o tema abordado”.

“Nós acreditamos muito na importância desse trabalho e na função didática que ele possui. Sabemos que ele não acaba quando a peça se encerra, e que ela dá subsídios para que os professores perpetuem esse trabalho em sala de aula. A escola é o espaço ideal para esse tipo de apresentação, porque é aqui que essas pessoas estão se formando como cidadãos, esse é lugar para a quebra de paradigmas e a promoção de debates”, conclui o dramaturgo.

OliverPara Rafael Magaldi, ator que representa Peter, o menino que interage com os bonecos, durante a encenação, a inclusão ainda é um assunto muito distante da maioria das crianças. “Assuntos como diversidade, respeito e amizade são tratados diariamente nas escolas, mas a inclusão ainda é um tema difícil para os alunos, não faz parte do universo deles. Quando eles encontram uma pessoa com deficiência, não sabem como lidar, porque raramente encontram. A temática da peça ensina, por exemplo, a como ajudar uma pessoa com deficiência visual a atravessar a rua, porque cedo ou tarde, a criança pode se deparar com essa realidade”, diz Magaldi.

De acordo com o ator, a peça fica no subconsciente das crianças, que certamente no futuro, ao se depararem com uma pessoa com deficiência, irão recordar de terem visto a peça e vão saber lidar com as diferenças. E a cada apresentação, Magaldi se surpreende com o que as crianças aprendem. “Peter é quase um herói para as crianças, e se aproxima delas porque assim como elas, também tem uma tarefa para executar. Fazer um mundo melhor é uma obrigação das crianças também, e é aí que eles se assemelham”, conclui.

As apresentações acontecem nos dias 2 e 3 de outubro, na Escola Municipal em Tempo Integral Profa. Rosiclair da Silva Costa, na segunda-feira, dia 2 de outubro, às 10h e às 14h e na Escola Municipal em Tempo Integral Naya Castilho, na terça-feira, dia 3 de outubro, às 10h e às 14h.

A peça é viabilizada com o incentivo da Lei Rouanet e tem como patrocinador a Rede Condor de Supermercados e Instituto Joanir Zonta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *