Projeto sobre fim da tração animal ainda vai render muita discussão

Animais de um lado e famílias do outro. Segunda votação não deve ser tão tranquila quanto a primeira. E caso a Câmara aprove, ainda pode ser vetado pelo Executivo.

Resumo? Os vereadores que votarem a favor vão ficar em maus lençóis com as famílias que usam cavalos e ainda vão colocar o Executivo numa saia justa para sancionar ou vetar o projeto

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Um grupo formado por cerca de 15 carroceiros voltou a se manifestar no plenário da Câmara Municipal de Paranaguá em virtude da proposta do vereador Thiago Kutz, que visa a proibição do uso da tração animal na cidade. O projeto de lei, aprovado em primeira discussão, ainda depende da aprovação em uma segunda discussão antes de ser encaminhado para a avaliação do Poder Executivo.Diante da mobilização das famílias (na maioria gente que usa carroças para catar lixo reciclável) é provável que a segunda votação não seja tão tranquila quanto a primeira.

Contrário à medida, os proprietários e trabalhadores com carroças ouviram do presidente da Casa de Leis, Marcus Antonio Elias Roque, a seguinte afirmação: “É importante que todos tenham o entendimento que não há, neste momento, nenhuma proibição para o trabalho com a tração animal. O que há é a discussão, na Câmara, de uma proposta que proibiria o uso da tração animal, mas que ainda depende de uma segunda discussão do projeto e do aval (sanção) do prefeito sobre a matéria. Ou seja, quero deixar claro que ninguém está impedido de trabalhar utilizando as carroças em Paranaguá”, afirmou Marquinhos Roque.

O presidente da Câmara fez questão de tranquilizar as famílias que dependem do cavalo para o trabalho do transporte de materiais recicláveis recolhidos na cidade. “Não há proibição e qualquer decisão sobre o assunto será antes discutida com vocês”, voltou a declarar o presidente da Câmara.

O autor da matéria, o vereador Thiago Kutz, lembrou que um dos objetivos da lei é preservar o direito dos animais, os quais em alguns casos são alvos de maus-tratos e constantemente ficam soltos próximos a movimentadas vias da cidade. “A lei que criei busca inserir os trabalhadores com a tração animal em outras formas de trabalho que não dependa do cavalo, bem como ela estabelece um tempo para a transição”, lembrou Kutz.

Por fim, Marquinhos Roque reforçou que o projeto de lei, apesar de ter sido aprovado em uma primeira discussão, ainda carece de análise pelo Poder Executivo. “Portanto, tudo segue como está”, informou, dando mais tranquilidade aos carroceiros e seus familiares. Segundo o chefe do Poder Legislativo, havendo algum tipo de inviabilidade na aplicação da proposta, o prefeito poderá vetar a lei.

Caso a maioria dos vereadores aprove o projeto, estes ficarão numa situação bem delicada com estas famílias. E ainda vão colocar o prefeito numa saia justa quando o projeto aprovado (?) for encaminhado ao Executivo para sanção ou veto.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Câmara de Paranaguá

 

Um comentário em “Projeto sobre fim da tração animal ainda vai render muita discussão

  1. Atividade degradante que deveria acabar no Brasil todo por Lei Federal. Este tipo de atividade , Vaquejadas , Briga de Galo e outros tem que ser banidos da nossa sociedade. Entendo que alguns serão prejudicados mas o bem comum tem que prevalecer sobre a minoria.

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