Uma pessoa com mais de 50 anos morreu com meningite na semana passada em Paranaguá
Criança passou pelo Hospital Regional do Litoral, que não tinha pediatra no momento, porque ainda não tinha chegado por conta do trânsito entre Curitiba e Paranaguá. Procedimento deve ser feito somente em ambiente hospitalar.
A Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção (Semsap) vem a público prestar esclarecimentos sobre o atendimento de criança de dois meses com suspeita de doença infectocontagiosa que passou pela UPA na manhã de quinta-feira (15).
Familiares da menina passaram primeiro pelo Hospital Regional do Litoral, que não realizou o atendimento porque não tinha pediatra atendendo no momento, já que houve acidente na BR-277 entre Curitiba e Paranaguá impedindo a chegada do profissional.
Como a criança foi levada à UPA e estava de plantão o pediatra Marcelo Cassiano, que é renomado e atende inclusive no Hospital Pequeno Príncipe, providências começaram a ser tomadas para realizar o exame no próprio local.
Ambiente hospitalar
Vale lembrar que esse procedimento para detecção de doença infectocontagiosa deve ser sempre realizado exclusivamente em ambiente hospitalar e que, devido à dificuldade encontrada, o médico Marcelo Cassiano se propôs a realizar na UPA mesmo.
Foi feito contato com a diretoria do hospital para solicitar os equipamentos necessários para a punção. Houve a concordância para liberação do material necessário.
Neste intervalo chegou a informação de que o pediatra do Hospital Regional teria chegado. Sendo assim foram tomadas as providências junto ao Samu para que houvesse a regulação do paciente e seguinte transferência para o hospital, que ocorreu por volta de 10h30.
A Semsap esclarece ainda que todos os procedimentos realizados pelo médico foram corretos e de acordo com o que preconiza o Conselho Regional de Pediatria. Por se tratar de um imprevisto foram tomadas as providências e união de esforços entre a Semsap e o Hospital Regional para agilizar o atendimento para diagnóstico da paciente, que se deu de forma rápida. Agora, aguarda-se o resultado do exame realizado na criança, que está internada.
Vacinação
O Ministério da Saúde iniciou, nesta semana, campanha de vacinação contra HPV (Papiloma Vírus Humano) e meningite. Deverão ser vacinadas contra o HPV, meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Neste ano, o Ministério da Saúde está ampliando a faixa etária da vacina meningite C, que agora passa a ser 11 a 14 anos de idade.
Meningocócica C
Desde ano passado, já foram vacinados 32% do público-alvo da campanha. Para este ano, foram adquiridas 15 milhões de doses da vacina contra meninigite. O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal.
Além de proporcionar proteção, a ampliação alcançará o efeito da imunidade de rebanho, ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas. Quanto à criança internada e à pessoa que faleceu, não foi confirmada que tipo de meningite foi diagnosticada.