Novela: Funcionários do SAMU procuram Ministério do Trabalho e Ministério Público

3.1- SAMU (1)Cansados da falta de solução para seus problemas, os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), protocolaram, na última semana, denúncia no Ministério do Trabalho e no Ministério Público.
Além dos salários atrasados, os funcionários estão preocupados com a falta de manutenção nas ambulâncias que são usadas para os atendimentos de emergência.
De acordo com o coordenador do SAMU no Litoral, Dr. Élcio Ruiz, hoje a frota tem 40% de capacidade de atendimento. “Não há repasse dos recursos para os salários, nem para arrumar as ambulâncias”, disse ele.
Em audiência com a promotora Ana Paula Gaio, no Ministério Público, eles receberam a orientação de não paralisar os serviços, evitando assim que sejam responsabilizados por falta de socorro ou negligência.
“É uma situação insustentável”, disse o presidente do Sindicato dos funcionários de Saúde do Litoral, Jaime Ferreira. Segundo ele, os funcionários estão há meses sem salários, sem recolhimento do FGTS, sem repasse do INSS. “As carteiras dos trabalhadores estão retidas desde que começaram a trabalhar e as condições de trabalho são péssimas. Não há água, nem ambiente para descanso e tentamos falar com as autoridades”, disse. Mas, de acordo com o presidente, eles não obtiveram respostas de nenhum dos prefeitos que compõem o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral, Cislipa.
“Estamos preocupados porque ninguém diz nada e não há nenhuma previsão de pagamento. Trabalhar meses e não ter dinheiro durante todo esse período? Tem profissionais cujo único sustento vem do SAMU, e isso quer dizer que não conseguem pagar as contas, nem comprar comida para suas famílias”, desabafou Jaime.
De acordo com o Sindicato dos Servidores de Estabelecimentos de Saúde do Litoral do Paraná (Sindeesp), a situação se arrasta desde o ano passado e a nova administração tem que resolver porque a preocupação maior é com o atendimento. “Talvez tenha que acontecer uma tragédia e sem atendimento para que a população e as autoridades acordem e vejam que o SAMU é algo bom. É algo bom apenas para as autoridades fazerem mídia, mas os trabalhadores estão abandonados”, reforçou o presidente do Sindeesp.
Extrema necessidade
Os funcionários do SAMU pedem a compreensão da população e alertam para que façam a ligação em casos de extrema necessidade.
“Talvez a gente demore para chegar ao local ou talvez nem possamos ir por questões operacionais. Não temos ambulância suficiente para atender a quatro chamados de uma só vez, por exemplo”, disse Elcio Ruiz.

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