Instituto Peito Aberto e Fundação de Cultura promovem exposição Ártemis hoje

exposicao (1)O Instituto Peito Aberto, grupo criado em 2013 em Paranaguá por pacientes e ex-pacientes de câncer de mama com o objetivo de suporte e ajuda mútua, está promovendo uma programação especial em comemoração ao Outubro Rosa.

A exposição fotográfica Artemis – que abre hoje – retrata a sensualidade feminina após o câncer. “Nosso objetivo era mostrar que, apesar da doença, a sensualidade e a feminilidade continuam”, explica o fotógrafo André Alexandre, responsável pelas fotos.

O jornalista e escritor Paulo Ras é quem assina os textos. Ao todo, 16 mulheres foram fotografadas. E um pequeno texto foi escrito diretamente no corpo de cada uma delas, para compor as fotografias. “A ideia era mostrar a realidade delas, mas sem que a doença em si, a cicatriz, estivesse em primeiro plano. Quem for ver a exposição verá que todos estes elementos estão presentes, mas são secundários porque a vida se sobrepõe a tudo isso”, explica o escritor.

Todo o trabalho para promover a exposição – assim como todas as atividades do Instituto – é voluntário.  A exposição ficará em cartaz até o final do mês de outubro na Casa Cecy.

História – O Instituto Peito Aberto nasceu em 2013 quando as primas Fabiana Parro e Isabela Galvez resolveram criar um grupo para dar suporte a mulheres vítimas de câncer, após elas mesmas terem tido a doença. “Eu e minha prima ficamos doentes praticamente juntas. E foi muito importante ter alguém para dar suporte, tirar dúvidas, dividir angústias. Nós exercemos este papel uma sobre a outra e foi mais fácil seguir o tratamento. Então resolvemos criar um grupo que fizesse o mesmo”, conta Fabiana Parro, uma das fundadoras.

Fabiana tem 38 anos e descobriu o câncer de mama há dois anos. Depois de retirar uma das mamas e fazer mais de 30 sessões de quimioterapia, os médicos realizaram um estudo genético e optou-se por retirar sua outra mama, trompas, útero e ovários, como precaução. Mãe de dois filhos, o caçula de Fabiana só tinha um ano quando ela descobriu a doença. “Nem todas as mulheres que passam por isso tem um médico para tirar dúvidas, um nutricionista, um fisioterapeuta. O grupo oferece tudo isso para elas”, explica Fabiana.

O Instituto se reúne todas as primeiras quintas-feiras do mês no SESC, em Paranaguá. Além de promover palestras com profissionais de saúde, o grupo tem diversos projetos como a Oficina de Costura – que além de dar um ofício para quem precisa, confecciona lenços e bolsas para guardar os drenos das pacientes em tratamento. Outro projeto, o Madrinha, promove o apadrinhamento de uma paciente que vai entrar em tratamento  por uma que já passou pelo processo.

Serviço:

O que: Exposição fotográfica Artemis – deusa, mulher, guerreira

Quando: 01/10 – 20h

programacao

Local: Casa Cecy – Rua XV de Novembro, 499 Paranaguá

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