Violas em Concerto é o tema da última etapa do Sonora Brasil 2015

Dia 7, o Concerto acontecerá em Paranaguá, às 17h, no Senac

_MG_1351O Sesc Paraná recebe em dezembro os músicos Fernando Deghi e Marcus Ferrer para a quarta e última etapa do projeto Sonora Brasil, em 2015. Na bagagem os músicos trazem as violas e, no repertório, músicas do período colonial brasileiro e composições contemporâneas.
A primeira cidade paranaense a receber o duo é Curitiba, no domingo (6). Em seguida, os músicos farão apresentações nos municípios de Paranaguá (7), Ponta Grossa (8), Guarapuava (9), Francisco Beltrão (10), Foz do Iguaçu (11), Maringá (13) e Londrina (14).
Em sua 18ª edição, o Sonora Brasil, projeto de música do Departamento Nacional do Sesc, traz como protagonista do espetáculo, nas regiões Sul e Sudeste, as Violas Brasileiras. Ao fim de 2015, serão 480 apresentações, em 130 cidades, tornando-o o maior projeto do país de circulação musical.

Paraná no Sonora
Embora tenha nascido em São Bernardo do Campo–SP, o músico de formação erudita Fernando Deghi  escolheu o Paraná para morar, sendo o representante paranaense no Sonora Brasil.
Estudioso da viola brasileira e tendo tocado por mais de 20 anos violão erudito, Deghi apresenta, ao lado de Marcus Ferrer, as Violas Em Concerto. “Eu optei pela viola porque me interessei pelo instrumento, pelas afinações, pelas possibilidades que ela poderia me propor. A viola me traz o novo e trouxe também meu lado compositor”, revela.
O duo apresenta no Sonora Brasil um repertório que remonta ao período colonial brasileiro, quando a viola era uma das pontes musicais entre a Europa e o Brasil. “Na era colonial não temos um repertório solístico no Brasil, temos sim um repertório significativo e maravilhoso na viola barroca, tanto em Portugal quanto na Espanha. O repertório solístico da viola no Brasil começa em 1960, com compositores como Guerra-Peixe e Theodoro Nogueira. Foram os violeiros da nova geração, que eu faço parte, que se preocuparam em levar esta viola para as salas de concerto”, conta Deghi.
O músico relata, ainda, que no programa a ser apresentado há a obra “Poema”, de Domingos Caldas Barbosa. “Infelizmente a música negra brasileira não foi catalogada e só temos um representante, de 1750, Domingos Caldas Barbosa – um mulato carioca, filho de um português e uma negra que teve o privilégio de estudar”, explica.
Deghi pontua que há no país um intenso e repleto repertório musical para a viola, que precisa ser organizado em termos de metodologia. “Enquanto os outros instrumentos já estão resolvidos nesta questão, eu creio que há um trabalho imenso a ser feito em termos de metodologia na viola. Este é o século da viola!”, acredita.

 

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