De olho nos plantões médicos em Paranaguá

Depois de verificadas faltas de médicos, secretário de Saúde garante que levará problemas ao CRM e ao Ministério Público

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Desde que assumiu e começou a acompanhar os plantões médicos, especialmente, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o secretário Municipal de Saúde, Paulo Henrique de Oliveira verificou muitas faltas sem justificativa.

No último domingo, por exemplo, o secretário usou a rede social Facebook para informar que estava conferindo o cumprimento das escalas dos plantões e dos quatro médicos escalados para aquele diz, somente dois estavam presentes.

“A unidade está cheia de pacientes na espera e estamos tentando conseguir médicos para cobrir o atendimento”, disse ao se sentir decepcionado com a situação.

Ele garantiu que os problemas serão levados ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Ministério Público para pedir providências punitivas e discutir medidas para que todos os plantonistas cumpram suas escalas, ou que no mínimo se responsabilizem pela substituição quando por força maior não puderem comparecer.

“O sentimento é de total impotência e revolta. Estamos trabalhando muito pra tudo funcionar corretamente, mas parece impossível combater certas práticas. Vamos vencê-las mesmo assim”, confirmou o secretário de Saúde.

As discrepâncias entre profissionais e horários foi verificada pelo próprio prefeito Marcelo  Roque, durante estas visitas. Outros prédios que são usados para atendimento de saúde, também devem passar por vistorias.

Uma das medidas já tomadas é a divulgação dos plantões nas unidades e até pela internet. Todo o cidadão tem a chance de acompanhar os plantões acessando o site da prefeitura.

E sobre a decisão de levar o problema ao conhecimento do Conselho Regional de Medicina e ao Ministério Público, muitas pessoas se manifestaram favoráveis à atitude. Para Manuel Rosa, a administração está no caminho certo. “Essa cultura tem de mudar, o povo já sofreu muito, e merece o esforço que essa nova administração está fazendo, parabéns a todos, e continuem a luta”, escreveu.

De acordo com Patrícia Muzetti Vianna Scacalossi, a prática é antiga e comum em Paranaguá. ” Precisávamos mesmo de alguém que tivesse coragem de combater esse vício e tantos outros que vemos e que fazem com que a saúde em Paranaguá não avance. O mínimo e que se pode dizer é parabéns por fazer cumprir aquilo que simplesmente deveria ser a obrigação de profissionais éticos”, postou.

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