A água de lastro pode transportar grandes concentrações de organismos dos mais variados, incluindo bactérias, vírus, larvas de crustáceos e moluscos e ovos ou juvenis de peixes
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) monitorou mais de 80% dos navios que atracaram no Porto de Paranaguá em 2016 para avaliar a salinidade e procedência da água de lastro – que é usada como contrapeso em porões das embarcações. Ela pode conter organismos diversos e o monitoramento tem como objetivo evitar a contaminação do ecossistema marinho natural com espécies exóticas.
O Programa de Verificação do Gerenciamento da Água de Lastro dos Navios é uma ação que contribui para a proteção ambiental da baía de Paranaguá.
A água de lastro pode transportar grandes concentrações de organismos dos mais variados, incluindo bactérias, vírus, larvas de crustáceos e moluscos e ovos ou juvenis de peixes.
Estima-se que mais de 100 milhões de toneladas de água de lastro sejam lançadas anualmente no litoral brasileiro.
Um exemplo de espécie exótica invasora é o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei), espécie originária da Ásia. Trazido pela água de lastro, o mexilhão dourado infestou o continente sul-americano e se reproduziu livremente por não ter predadores naturais.
A presença desse organismo também destrói a vegetação aquática, disputa espaço e alimentos com os moluscos nativos, entope canos e dutos de água, de esgoto e de irrigação, obstrui as turbinas de usinas hidrelétrica e compromete equipamentos dos navios.
As espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade do planeta e representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente, com enormes prejuízos à economia e aos ecossistemas naturais, além dos riscos à saúde humana”, finalizou o diretor.