Crônica do Dia: Ela se chama Maria

18341818_1039807852819111_8690260596138685633_nPor: Kátia Muniz
Diga, mãe, que você vai continuar a me dar colo, a me fornecer os abraços mais aconchegantes, a depositar beijos no meu rosto e a me emprestar os seus ouvidos.
O tempo está passando. Para que tanta velinha em cima desse bolo? Mais uma idade inaugurada, mais rugas instaladas sem permissão e algumas dores que insistem em dizer que você não tem mais vinte anos.
Venha cá, mãe, sente aqui do meu lado. Tenho histórias para contar, tenho segredos para compartilhar, tenho carinho para dar.
Aproveite e fale de você também. Diga quem já ocupou seu coração, que música gostava de ouvir na sua juventude, se era boa aluna e sobre suas travessuras. Quem era você antes de eu nascer?
Bem que a gente poderia sair para passear. Entrar em lojas, remexer as araras, experimentar algumas roupas, dar palpites, escolher sapatos. Depois, sentaria para fazer um lanche, comeria guloseimas sem nenhuma culpa e jogaria conversa fora. Que tal?
Tenho o maior orgulho de ser parecida com você: por dentro e por fora. Olhe que sorte essa minha!
Mãe.
Ainda bem que essa palavra não gasta. Não cai em desuso. Não fica fora de moda. É tão curtinha e, ao mesmo tempo, tão forte. É tão minúscula e tão cheia de vida. Acredito que o fato de ser um monossílabo seja proposital, pois facilita na hora de chamar. Mãe é um mantra.
Mãe, vamos colecionar lembranças, vamos telefonar uma para outra, vamos mandar mensagens por WhatsApp, vamos rir de bobagens, vamos fazer e acontecer.
Mãezinha, você tem mais experiência que eu, então me diga que botão eu aperto para ter você para sempre?

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