Viação Rocio diz que as medidas cabíveis foram tomadas, mas não esclarece quais foram. O usuário que quiser realizar reclamações e sugestões podem procurar o canal de comunicação através do telefone: 3420-0200
Dois casos, duas reclamações. Num deles, a usuária do sistema de transporte coletivo da Viação Rocio, em Paranaguá, apenas desabafou na rede social.
O outro caso, mais grave, ainda segue sem uma conclusão positiva, pois a senhora envolvida continua em estado grave no Hospital Regional do Litoral
“Essa Viação Rocio é uma negação mesmo”, disse Luana Flores em seu perfil na rede social facebook quando falou sobre a situação que viveu junto com seu irmão de, apenas 6 anos.
Luana, que tem 19 anos, pegou o ônibus que faz a linha Jardim Esperança e estava levando seu irmão para casa. O ônibus estava lotado. “…o ônibus mal tinha parado e eu já estava quase descendo quando fui prensada na porta do ônibus e meu irmão ficou para o lado de fora…. e se acontece o pior? Se meu irmão se desespera por estar sozinho e corre para a rua?”, questiona.
“Esse motorista irresponsável prensou minha cabeça na porta que está doendo. Existem os motoristas bons, mas infelizmente também existem os piores para sujar o nome da empresa. Ainda disse para minha mãe que morro de medo na hora de descer e o motorista fechar a porta e me prender”, e acabou acontecendo justamente isso.
O outro caso é de uma senhora de 86 anos que perdeu o equilíbrio ao cair do ônibus quando saía do veículo. Ao perder o equilíbrio quando o ônibus teria ‘arrancado’, ela caiu no chão e o veículo passou sobre suas pernas. A senhora segue em estado grave no Hospital Regional do Litoral e uma das pernas teria sido amputada.
Foi no dia 8 de julho, quando dona Madalena Martins Reis usava o ônibus Vila Divinéia-Labra, e descia num dos pontos da Avenida Belmiro Sebastião Marques.
Questionado sobre a capacitação dos motoristas, o representante da Viação Rocio, responsável pelo transporte público em Paranaguá informou que a capacitação acontece no período de cinco meses e que são realizados cursos de direção defensiva e direção econômica com orientação do setor do SEST – Serviço Social do Transporte – e SENAT – Serviço Nacional de Transporte.
Sobre o caso da dona Madalena que perdeu o equilíbrio ao sair do ônibus, a empresa informou que a senhora não foi atropelada e que isto estaria contando do Boletim de Ocorrência da Polícia Militar e do Samu.
A empresa analisou a situação e verificou através da filmagem que não se tratou de queda dentro do coletivo. Foi um incidente na parte externa. A Viação Rocio também informou que foram tomadas as medidas cabíveis no dia do fato, porém não disse quais foram.
Reclamações
As situações foram comentadas na rede social. Maria Luíza Berlim disse que já morou fora de Paranaguá e afirmou que o transporte coletivo precisa de melhorias urgentemente. “Eu não falo que é um lixo, que é isso, que é aquilo, porque graças a Deus nós temos e podemos usar um. Porém a passagem e a qualidade são duas coisas que não se ‘casam’. Os motoristas são muito mal educados, os ônibus sujos e fedidos, motoristas que acham que estão numa pista de corrida e andam na velocidade da luz numa via que é pra estar a 40km/h, poucos ônibus nas linhas (por isso ocorre a lotação), a falta de fiscalização de horários de partidas e chegadas, os horários nos finais de semana e feriados, o motorista atarefado (dirigir, cobrar, desembarcar passageiro, prestar atenção no trânsito)… Então para nós que dependemos disso, é revoltante”, disse.
Com relação ao caso da moça com o irmão mais novo e outras situações que usuários do serviço precisam ou queiram reclamar, assim como dar sugestões, a empresa Viação Rocio, orienta que procurem o canal de comunicação por meio do telefone 3420-0200.