Desaparecimento do menino Brayan continua um mistério

O desaparecimento do menino Brayan Raab Fonseca continua um mistério. Hoje o menino está com 2 anos e sete meses e teria sido visto em Paranaguá

4.0- brayanO desaparecimento do menino Brayan Raab Fonseca continua um mistério. Hoje o menino está com 2 anos e sete meses.

Familiares e amigos continuam em busca da criança que desapareceu no mês de junho de 2017. Eles acreditam que Brayan foi sequestrado e a polícia não descarta essa possibilidade.

Nesta semana, a avó do menino, dona Rosemari estava fazendo curso na Secretaria Municipal de Educação quando comentou sobre o caso e disse que a última notícia repassada foi em janeiro e que o menino teria sido visto num mercado de Paranaguá.

Brayan Raab Fonseca está desaparecido desde o dia 19/06/2017, do município de Cerro Azul, no Paraná, por volta das 11h da manhã.

A criança brincava com a cachorra no quintal de casa que fica na zona rural do município, quando desapareceu.

“Todos estavam em casa e, de repente, num piscar de olhos, quando olhamos Brayan não estava mais lá. Entramos, achando que ele estivesse dentro de casa, mas também não estava. Tudo em questão de segundos” relataram os pais a polícia.

No começo, a polícia trabalhava com duas hipóteses. Que a criança tivesse caído em um rio que fica próximo a propriedade, ou de ter sido vítima de um possível sequestro. Uma página com o título “Em busca de Brayan” foi aberta no facebook. Ali foi registrado que em novembro do ano passado o menino teria sido visto em Santa Catarina, na cidade de Governador Celso Ramos e estaria com o cabelo raspado. Antes, em setembro, denúncias teriam chegado aos pais que o Brayan tinha sido visto em Foz do Iguaçu.

No Serviço de Investigação de Criança Desaparecida (Sicride) de Curitiba Brayan Raab Fonseca continua como desaparecido e a família reclama muito do Sicride e da falta de iniciativa para divulgação e atendimento às denúncias anônimas.

Na página do facebook, os pais registraram que “o Sicride deve ter abandonado os casos. Tem aparecido várias pistas de pessoas que viram o Brayan e os investigadores não fazem nem questão de ir atrás”, registraram. O Ministério Público da cidade também foi criticado.

Num desabafo comovente, o pai escreve o seguinte: “Me filho, você está me fazendo muita falta. Já se passaram quase três meses sem você e seu pai não sabe até quando vai aguentar essa dor,  por isso peço a Deus que te proteja onde estiver até nos encontramos de novo e enquanto eu viver vou procurar por você,  meu presente de Deus, minha vida,  te amo”.

Mais meninos

Em 2016, 100 crianças desapareceram no Paraná. Todas elas foram encontradas – duas delas sem vida -, mas os números são alarmantes. E, em todos os anos, mais meninos são raptados em comparação com meninas.

Com o objetivo de reduzir esses casos de desaparecimento e rapto de crianças entre 5 e 11 anos, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), da Polícia Civil, visitou escolas. O Projeto “Criança em Alerta” realiza um trabalho de conscientização sobre os riscos de contato com estranhos.

Nas palestras, a equipe de policiais e um psicólogo apresenta vídeos que apontam cenários de risco aos alunos.

Geralmente, todas as crianças que sumiram e, quando localizadas, sempre estão numa cidade diferente.

Para evitar o rapto, é preciso que tanto a escola como a família eduquem e estejam de olho nas crianças. Outra situação que pode apresentar risco é o uso não supervisionado de tablets, celulares e computadores. Esses aparelhos criam uma sensação de falsa segurança nos pais, pois é possível que, mesmo em casa, a criança esteja se comunicando com um suspeito.

Quem presenciar uma situação suspeita, com uma criança acuada e aparentemente assustada é orientado para que se comunique imediatamente à Polícia Militar ou à Guarda Municipal. O telefone da Polícia Militar é o 190 e o da Guarda Municipal é o 153.

Outra dica para os pais é fazer a carteira de identidade da criança logo ainda quando pequena para facilitar a busca nesses casos extremos. A primeira via do RG é gratuita.

Não existe prazo para comunicar o desaparecimento

Se a criança desaparecer ou fugir de casa, é preciso acionar a polícia – não existe prazo para comunicar o desaparecimento.

É possível que a criança retorne ao local onde foi visto pela última vez, então peça para que alguém fique lá. Fique com o celular/telefone por perto para caso alguém que encontre a criança tente entrar em contato. Não se esqueça de avisar todos os amigos e parentes próximos do ocorrido e de ir aos locais onde o pequeno gosta de visitar com uma foto, caso tenha alguém para perguntar sobre a criança.

Fique de olho! Algumas dicas podem ajudar a evitar os desaparecimentos

1 – Nos passeios, fique de olho nas crianças e atente para as roupas que vestem. Identifique-as com cartões contendo nome próprio e dos pais, endereço e telefone. Ensine-as a usar o telefone e o número de casa e de outros três parentes.

2- Conheça os amigos do seu filho, assim como os pais e onde moram.

3- Avise a escola quem está liberado a pegar a criança. Não deixe elas irem ou voltarem sozinhas.

4- Converse com o seu filho para saber sobre a vida dele e observe se há variação de comportamento.

5 – Muitos casos de desaparecimento ocorrem quando os responsáveis deixam as crianças com pessoas desconhecidas. Não faça isso, nem mesmo por um breve período.

6 -Oriente para que os filhos não se afastem de sua presença e que, se tiverem perdidos, procurem uma viatura policial, ou um policial fardado (PM ou Guarda Municipal).

7- Caso perca a criança de vista, peça ajuda aos outros para procurá-la e avise a polícia

 

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