Crônica do Dia

kátia-muniz2Não confie

 

Por: Katia Muniz                                                                   katiacronicas@gmail.com

 

São recorrentes as matérias em vários meios de comunicação falando sobre homens que se aproximam de várias mulheres, ao mesmo tempo, engatam um envolvimento e, a partir daí, começam a tirar delas dinheiro, joias, imóveis e o sossego.

 

Na condição de ouvintes, telespectadoras ou leitoras das situações elencadas no parágrafo acima, é inevitável disparar verbalmente ou em pensamento: como é que essa tonta foi cair num golpe desses?

 

Se você assistir ao filme “Confia em mim” vai entender direitinho.

Uma coisa é ouvir relatos de fatos que já aconteceram, outra é observar atentamente como a aranha constrói a teia.

Na ficção, Caio, o golpista, é o ator Mateus Solano que, claro, atrai suas vítimas com um jeito sedutor, educado, viril, bem-humorado, brincalhão. E quem cai são as mulheres que não resistem a esse galanteio todo.

O filme é um alerta, um serviço de utilidade pública. Vale assisti-lo para a gente entender como funciona o crime na vida real.

O golpista é o famoso lobo vestido em pele de cordeiro. Arma uma trama cheia de mentiras. E o fato da mulher não ter grana, não é motivo para ele não se aproximar. Com boa lábia, ele a faz ir ao banco fazer empréstimos.

Tudo é bem contado, relatado de forma a não levantar suspeitas. E as mulheres, muitas vezes movidas pela carência afetiva, vão atendendo aos pedidos absurdos que são milimetricamente arquitetados. Quando se dão conta do golpe, resistem a acreditar que aquele homem tão bem apessoado e cheio de cuidados com ela foi capaz de promover tamanho estrago. E que estrago! Li sobre casos em que vítimas perderam absolutamente tudo. E quando falo tudo, englobo, além de bens materiais, os danos que se fazem por dentro. É um baque, uma navalhada, uma pancada que exigirá, no mínimo, acompanhamento psicológico.

Usei a coluna para espalhar o alerta. Acredito que informação é válida, pois é também uma forma de prevenção. Que a gente se mantenha atenta aos que batem a nossa porta!

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