Comunicação continua sendo problema para imigrantes presos pela Polícia Federal

Três homens da Guiné, entre eles um menor, não conseguiram pedir asilo e foram presos

viatura-policia-federal-e1443612078123-1095x670Estão detidos pela Polícia Federal, desde o dia 7 de novembro,  dois imigrantes clandestinos da República da Guiné, na África. Eles chegaram ao Brasil no Porto de Paranaguá. Por dificuldades de comunicação, deixaram de pedir asilo e acabaram presos. Eles estavam juntos com um jovem, de 17 anos, que foi abrigado pelo Conselho Tutelar de Paranaguá. O grupo ainda contava com um quarto integrante, Renê, que faleceu no quinto dia de viagem, após ter caído no mar. 

Segundo o Paraná Portal, a viagem durou 14 dias pelo Oceano Atlântico, sendo que por 11 dias os quatro homens ficaram escondidos no leme do navio.

No padrão de atendimento aos imigrantes, eles deveriam ter sido primeiramente encaminhados a entidades de assistência, para entenderem procedimentos de concessão de asilo. No entanto, nesta história, a língua está sendo uma barreira e, em casos de irregularidade, imigrantes devem ser mantidos em dependências da Polícia Federal.

“Eles são de Guiné Bissau, em tese teriam que falar o idioma português (sic), mas não falam. Eles falam a língua nativa e um pouco de francês. Então, a dificuldade da língua já foi uma barreira. Eu até sugeri, tentei sugerir para eles, expliquei que eles tinham o direito de pedir refúgio no Brasil. Mas eles não se fizeram entender”, conta o advogado Sérgio Ubatão, designado pelo juiz para atender os estrangeiros em Paranaguá.

Fonte: Notícias por Minuto

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