Página no Facebook tem mais de 190 mil pessoas seguidores
As vazadas que ocorrem na região do Porto de Paranaguá vêm sendo criticadas, especialmente, por caminhoneiros de todo o Brasil.
Uma página na rede social Facebook chamada “Canal do Caminhoneiro” tem mais de 190 mil pessoas seguindo as informações.
Nesta semana, um caminhoneiro passava na avenida que leva até o Pátio de Triagem e flagrou, em vídeo, dois caminhões parados com parte do produto no chão.
Para quem não sabe, vazada é o ato de abrir a bica do caminhão para que o produto que está sendo carregado que é, geralmente, soja ou milho caia para que seja furtado ou roubado.Muitos caminhoneiros relataram que, mesmo na área portuária, já foram alvos de bandidos armados e ameaças.
Não há como contabilizar os prejuízos das vazadas, mas estima-se que sejam milhões perdidos nas estradas e nas vazadas.
Nesta semana, o Canal do Caminhoneiro publicou não só vídeos e fotos destes casos de vazadas, como também questionou “onde estão as autoridades de Paranaguá” lembrando as duas vazadas registradas no mesmo local e no mesmo dia.
Em fevereiro de 2017, o prefeito que assumia a Prefeitura naquele ano, chamou representantes de vários segmentos para discutir o assunto e debater estratégias de trabalho para minimizar o problema, mesmo entendendo que a região tem, além da Polícia Militar- responsável pelo trabalho contra a criminalidade- a Guarda Portuária que trabalha na retroárea e área portuária.
Naquela ocasião foi dito que a intenção da Prefeitura era recriar em Paranaguá a Companhia Portuária, uma brigada formada pela Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Guarda Portuária e outras autoridades para conter as vazadas e fiscalizar o tráfego nas vias de acesso.
NÚMEROS
De acordo com a Ecovia, em 2016 ocorreram oficialmente 153 casos de estouro de bica de caminhões em Paranaguá.
Em janeiro houve um crescimento de 40% das vazadas em comparação ao mesmo período no ano de 2016.
Quando o produto começa a vazar pela rua, rapidamente é recolhido por dezenas de pessoas e, posteriormente, revendido para receptadores que normalmente guardam o material em armazéns para revendê-lo.