Trabalhadores Portuários Avulsos fazem manifestação para reivindicar retorno dos sindicalizados
O mês de novembro começou com uma má notícia para os conferentes de Paranaguá. Eles deixaram de ser requisitados pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). Por causa disso, os trabalhadores portuários avulsos (TPA’s) de outras categorias como estivadores, arrumadores, vigias, entre outros, fizeram uma manifestação na frente dos portões do terminal na manhã de hoje (7).
Paralelamente à manifestação, o presidente do Sindicato dos Conferentes de Paranaguá, Carlos Tortato, juntamente, com diretores da categoria, estavam em Curitiba para uma rodada de negociação com o Procurador do Ministério Público do Trabalho, Glaucio Araújo de Oliveira, e o Chefe de Recursos Humanos do TCP para chegar a um entendimento com relação ao acordo coletivo do trabalho.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Conferentes, Carlos Tortato, as negociações vinham acontecendo nos últimos meses sem que um resultado positivo fosse alcançado. Então, o TCP cessou a requisição dos conferentes a partir do dia 1º de novembro. “É uma atitude autoritária e arbitrária, no nosso entendimento, a nossa categoria é reconhecida e a nova lei diz que a conferência deve ser feita pelo conferente sindicalizado e isso causou insatisfação e insegurança”, disse, referindo-se à mobilização dos TPAs.
O líder da categoria fez questão de lembrar que foram as bases, e não os presidentes de sindicatos que promoveram a mobilização. “Os trabalhadores ficaram preocupados de sofrer as mesmas retaliações que os conferentes estão sofrendo”, destacou Tortato.
Durante a reunião no Ministério Público do Trabalho ficou acertada a finalização da manifestação para que o trabalho dentro do terminal não fosse prejudicado e, acertado também uma assembleia na próxima terça-feira, dia 11.
Até lá, porém, os conferentes, não serão chamados para trabalhar.
Renda
A manifestação dos TPAs foi iniciada às 7h e aconteceu pelo período da manhã e foi encerrada.
Os conferentes esperam que na terça-feira, quando haverá uma assembleia para discussão sobre o acordo coletivo para decidir se o documento, com as propostas apresentadas, será assinado ou não. “Pela primeira vez, estamos vendo a decisão de um terminal de não requisitar a mão-de-obra do sindicato e chamar pessoas que, legalmente, não podem fazer este serviço, pois é nosso”, reforçou Tortato.
A TCP informa que mantém o canal aberto com todos os representantes sindicais do Porto de Paranaguá.
Infelizmente a história se repete. Alguns anos atrás os consertadores não foram mais requisitados e ninguém fez nada. Depois foi o Bloco, e ninguém fez nada. Agora um terminal não requisita o conferente, será que alguém vai fazer algo?
Quem serão os próximos?
Sem união e sem representatividade, nossa cidade sucumbe…
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo
Comentário do colega Luiz é fato verdadeiro, vale lembrar que a culpa de tudo, mesmo que existam as leis e elas devem ser cumpridas, é do próprio trabalhador, pois o estivador não se preocupa com o arrumador que não se preocupa com o consertador e por aí vai.
Foi avisado aos conferentes que se unissem a outras classes para que não tivessem seus serviços roubados pelos operadores portuários, que estavam já colocando outras pessoas no sistema, mas sabe o que acontece, nem os conferentes se preocupavam, porque a TCP era cereja do bolo deles, 60% do ganhos deles vinha de lá, que se ferre se não tiram a multifunção mais, se faltavam trabalhadores todo santo dia nas fainas deles, pois eles pensavam no próprio bolso, é a história de quem mexeu no meu queijo, quem não leu o livro ou viu a historinha no youtube que veja, é cômodo para maioria dos conferentes que tem sua idade média na faixa dos mais de 65 anos e estão muito bem de vida obrigado, ficarem na deles, não se associarem a outros sindicatos, aliás os consertadores teriam sua vez privilegiada, pois quase não trabalham mais também devido a falta de fainas.
Mas é aquela história meus amigos, o pensamento dos conferentes foi autodestrutivo, eles armaram a cama e estão deitando nela, por puro nariz empinado, arrogância e ganância de não quererem ninguém no sindicato deles, de não realizarem uma fusão com um sindicato pequeno afim de terem trabalhadores para todas as fainas, porque mesmo sem a TCP, eles continuam tendo falta de pessoal para o trabalho diariamente, e do jeito que vai, perderão a faina de balança em breve.
Os operadores portuários são astutos, tem um grande time de advogados e pessoas altamente treinadas para saber cada passo que o TPA irá dar daqui a 3 ou 4 anos, sabem exatamente o que fazem e o pior, tem o CAPITAL na mão, são os donos da empresa, são os PATRÕES.
Em breve, teremos a cúpula dos operadores pelo que andam falando e pelo resultado das eleições, dentro da administração portuária na “cabeça”, se é que me entendem, mandando, então caros amigos, os TPAS estão nesta cidade em extinção, desunidos e o pior, se auto-predando uns aos outros, como se eles não fossem os próximos da vez.
Se os TPAs de Paranaguá acordassem agora do sono da bela adormecida, ja teriam acordado TARDE, pois o príncipe salvador não virá nunca mais.
O pensamento dos velhos conferentes é o de que o “último que sair que bata a porta e apague a luz”, infelizmente sinto pelos mais novos, sinto pela categoria dos consertadores que poderiam estar fechados com eles em um só sindicato e por último, sinto pela ignorância de todos os outros TPAS que pensam que a água não irá bater na sua porta, já BATEU e eles nem sabem que a correnteza está levando tudo.
Paranaguá, o berço do extermínio dos TPAS e das arbitrariedades, a justiça me parece se fazer de cega a muitos anos, com muita gente se escondendo e sendo evasiva na hora de fazer o cumprimento da mesma, com todas as provas cabíveis na cara da justiça.
Para quem entra na faixa do porto, metade hoje dos serviços é feito por pessoas estranhas e não qualificadas para o serviço portuário que é de exclusividade por lei dos TPAs, na sua grande maioria com diversos cursos dados ao longo dos anos pela marinha do brasil.
Em contrapartida, em outros portos, os OGMOs abrem concursos para Consertadores e VIgias como no porto de Imbituba, mas aqui exterminam a mão de obra quando bem entendem.
Os TPAs estão com suas senhas de desemprego na mão, cada um deles, só que alguns não sabem a hora que será cantado seu número, e quando cantarem seu número meu caro amigo TPA, não adianta chorar, fazer protesto na TCP, em frente ao porto e etc, e sabe porque? Você só pensou este tempo todo em você!!!!!