Sindicalistas buscam apoio do Executivo e Legislativo em Paranaguá

A retirada de um shiploader no Porto de Paranaguá pode acarretar perda de espaço no mercado de trabalho. Os trabalhadores, vereadores, entre outros segmentos, estão preocupados e buscaram reforços para evitar que o prejuízo ocorra

5.1- reuniãoO presidente da Frente Intersindical de Paranaguá e da Sindestiva, João Lozano, esteve reunido com lideranças sindicais e vereadores buscando apoio do prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, com o objetivo de defender a oferta de emprego na área portuária com a manutenção do shiploader (um carregador automático de carga) utilizado para movimentação de açúcar ensacado no porto.


De acordo com o prefeito Marcelo Roque, o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, em reunião realizada na última semana, se comprometeu a manter o shiploader em Paranaguá através de ofício entregue nas mãos do prefeito. O documento oficializado pela Appa foi também repassado pelo prefeito ao presidente da Intersindical, vereadores e lideranças presentes. “O que importa realmente para o município é a manutenção do aparelho em questão para a movimentação de açúcar ensacado, algo que garante emprego para a nossa gente e movimenta a renda no município”, completa Roque.
“Estamos unidos com os trabalhadores e os sindicatos. O açúcar ensacado é uma carga consolidada no porto que iremos fazer de todo o possível para manter e ampliar, ainda mais neste momento de crise financeira que o Brasil vive com desemprego. Já deixei claro para a Appa que caso o shiploader não seja mantido em Paranaguá, iremos nos mobilizar junto com os sindicatos e sociedade para fechar a cidade em protesto, caso isso seja necessário”, ressalta o prefeito. Marcelo Roque ainda ressaltou que irá junto aos líderes sindicais à Brasília abrir diálogo junto à Secretaria Nacional de Portos e autoridades federais para garantir a permanência do shiploader em Paranaguá, entre outras questões inerentes às categorias que atuam no porto.
O presidente da Intersindical, João Lozano, fez questão de agradecer ao prefeito Marcelo Roque pela reunião e união de esforços em defesa dos TPA´s, trabalhadores, cooperativas, sindicatos e sociedade. “O prefeito está apresentando um bom começo de trabalho, a cidade precisa e está sendo melhorada”, ressalta Lozano. O presidente destacou que é inadmissível que haja qualquer prejuízo aos trabalhadores de Paranaguá, agradecendo a adesão de todos os líderes presentes e se colocando à disposição para mobilizações positivas em prol das categorias presentes no município.

Emprego e renda
De acordo com o vereador e representante da Comissão de Assuntos Portuários e Turismo do Legislativo, Luiz Maranhão, cada navio de açúcar ensacado movimenta 20 mil toneladas, algo que representa 220 mil sacos de açúcar, trazendo uma mão-de-obra estimada em 392 Trabalhadores Portuários Avulsos (TPA´s), 984 ensacadores e 694 viagens da cooperativas de transporte, bem como 56 postos de trabalho entre conferentes, auxiliares de serviços gerais e operação de máquinas. Ou seja, somente uma embarcação gera renda para mais de de 2,1 mil trabalhadores parnanguaras.
“O município está totalmente empenhado para aumentar a oferta de empregos aos cidadãos de Paranaguá e não aceitaremos que a mão-de-obra seja reduzida injustamente. Estamos alinhados com a Intersindical para a defesa dos direitos dos trabalhadores e da oferta de emprego no município”, completa o secretário de Trabalho, Comércio, Indústria e Assuntos Sindicais, Brayan Roque. Ele ainda acrescenta que, seguindo determinação do prefeito, a partir de 2018 a sua pasta terá um orçamento incluindo cargos para representatividade dos sindicatos de Paranaguá em prol da defesa dos trabalhadores.
Segundo o vereador Adilson Soares Zela, o “Tucano”, que é presidente da Comissão de Assuntos Portuários e Turismo da Câmara de Paranaguá, a reunião foi positiva e fez ele lembrar de suas raízes sindicais e de defesa do direito dos trabalhadores.

Legislativo
5.1-Vigias e EstivaA atual legislatura da Câmara de Vereadores de Paranaguá tem sido, neste ano de 2017, o local onde a sociedade tem encontrado voz para as reivindicações classistas. Recentemente, os associados do Sindicato dos Amarradores buscaram apoio do Poder Legislativo local para a luta pela incorporação, junto a administração dos portos do Paraná,ao trabalho no caís do porto Dom Pedro II.
Ainda no setor portuário, a diretoria do Sindicato dos Estivadores, que tem como presidente o estivador João Lozano, também costuma comparecer para prestigiar as sessões plenárias. Recentemente, Lozano e o diretor Everson Farias estiveram reunidos, na sala da presidência da Câmara Municipal de Paranaguá, junto com um grupo de associados do Sindicato dos Vigias para trocar informações sobre a atual situação do sindicato co-irmão.
Na ocasião, o presidente João Lozano parabenizou a iniciativa do grupo que pretende, em um futuro próximo, fazer fortalecer as relações entre os dois sindicatos. “A Câmara, nesta legislatura do presidente Marquinhos Roque, tem sido muito eficiente no sentido de auxiliare ajudar, naquilo que é possível, os sindicatos da orla portuária. Por isso, posso afirmar que nos sentimos bem representados”, afirmou Lozano.
O presidente da Casa, Marquinhos Roque, disse que se sente muito à vontade para sair em defesa da classe sindical portuária de Paranaguá, uma vez que conhece as lutas e dificuldades do setor desde os tempos de quando seu pai, o saudoso prefeito Mário Roque, era o presidente do Sindicato dos Vigias Portuários. “A política sindical é algo que sempre foi tema de debates em casa, por isso, hoje, como presidente do Poder Legislativo, faço questão de reforçar os laços com as categorias. Aproveito para dizer a toda a classe sindical portuária que a Casa de Leis em Paranaguá é uma aliada permanente para as causas de defesa da geração de emprego e de renda do setor”, resumiu Marquinhos Roque.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *