Vereador de Paranaguá diz que portuários estão sendo tratados como trapo
“Mais de 60 pais de família estão sendo tratados como trapo”, disse o vereador Márcio Costa durante pronunciamento na Câmara Municipal de Paranaguá, na semana passada. Este foi o tom do discurso do edil ao tratar do problema que envolve trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores Portuários do Paraná (Sintraport). Ele apresentou na Câmara uma Moção de Apoio.
De acordo com o vereador, os portuários foram retirados de suas atividades de amarração, operador de shiploader, mecânico, balanceiro, etc., para retornar a varrer os armazéns com salários reduzidos, quase pela metade. Eles encontravam-se em desvio de função há mais de 20 anos por determinação de gestões anteriores.
“Quando os forasteiros aqui chegaram, não sabiam nem como navio boiava e agora tiram o brilho dos recordes do porto dividindo o trabalhador da glória e do sucesso”, disparou o vereador em plenário.
“Estarei agora Dividindo a responsabilidade, não só com o Governo do Estado, mas também com o governo da privatização da presidente Dilma, que nos estudos realizados pela Antaq, não pensou nos TPAs ou nos portuários, nem na infraestrutura da cidade. Pensou apenas em contemplar os investidores estrangeiros, tirando o patrimônio do povo com o termo ‘concessão’ apelido da privatização petista”, continuou disparando sem dó, nem piedade.
A situação não deve parar por aqui e deve subir a Serra do Mar. O vereador terminou seu pronunciamento pedindo que seu discurso fosse encaminhado aos senadores, deputados federais e estaduais e lembrou que serviços que estavam sendo feitos pelos portuários como de amarração, nas balanças e shiploaders, agora estão sendo feitos por empresas privadas no Porto de Paranaguá.
Se eu me lembro o vereador estava na audiência pública realizada no museu sobre as vias de acesso da cidade. É o governo federal que esta investindo na cidade e no porto, diferente do estado e das empresas aqui instaladas que por muitos anos ganharam fortunas aqui, mas a grana nunca ficou aqui, só a poluição, os buracos, os caminhões, etc., etc., etc.
Enquanto isso continua a farra dos comissionados. Um que já foi assessor de vereador caminhava tranquilamente às 17:20 horas, aquele que é lotado em Antonina já estava em sua confraria às 16:00 horas e um outro, que é do Taguaré, nem compareceu ao trabalho.
E as balanças, os pátios de veículos e o terminal de álcool que foram entregues para exploração pela iniciativa privada sem contrapartida para o Porto? Será que houveram processos licitatórios para o arrendamento? Se houve ninguém informou.
Nada é de graça nessa vida. A (possível) farra dos comissionados não devolve as indenizações trabalhistas pagas pelo porto e sempre bem recebida pelos trabalhadores em desvio de função. Se entraram na justiça, deve ter sido porque discordavam do desvio (ou foi só pelo dinheiro???).