Focos de dengue estão em todos os bairros da cidade

Paranaguá está entre as cinco cidades com maior número
de casos suspeitos notificados

3.1-dengue_captura23O número de casos de dengue no Paraná cresceu 28% em uma semana, passando de 238 para 305 confirmações. É o que mostra o boletim da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), publicado recentemente.
Maringá, no norte do estado, foi responsável por um em cada três novos casos da doença registrados. Os municípios com maior número de casos suspeitos notificados são Londrina (1.524), Maringá (1.087), no norte do estado, e Paranaguá (700), no Litoral. Continue lendo

Os 11 mitos do Aedes aegypti

aedes_do_bem_header-1170x808No país do futebol, com o aprofundamento das epidemias de dengue, Zika e chikungunya, o Aedes aegypti tomou conta do noticiário e já aparece quase tanto quanto a bola. Agora, além de o Brasil abrigar 200 milhões de técnicos, também tem 200 milhões de entomólogos – nome dado aos especialistas em insetos. Esse fenômeno popular ajuda que o inseto seja conhecido e discutido pela sociedade, mas gera margem para que algumas informações incorretas se disseminem. Por isso, o portal Aedes do Bem! convidou os entomólogos Cecília Kosmann e Guilherme Trivellato, da Oxitec, para detonar 11 mitos que vêm circulando no embalo das redes sociais. Veja abaixo quais são eles.

MITO Nº 1 – O Aedes aegypti não representa perigo fora da época de chuva

Não é verdade. O perigo até se reduz, mas continua presente. É verdade que fatores como o desenvolvimento, o comportamento e a sobrevivência dos mosquitos – assim como a dinâmica de transmissão de doenças – são fortemente influenciados pelo clima. Temperatura, precipitação e umidade são especialmente importantes. No Brasil, a estação chuvosa coincide com a época de temperaturas mais elevadas, então nessa época o país apresenta a combinação perfeita para a disseminação do mosquito: clima quente e abundância de criadouros.

Como o inverno brasileiro é uma estação mais seca e com temperaturas mais amenas, nessa época o número de criadouros tende a ser reduzido, diminuindo também a quantidade de mosquitos. Apesar de ser menos quente que o verão, nosso inverno não é frio o suficiente para interromper o ciclo de vida do mosquito, que continua a picar – e a transmitir doenças – mesmo fora da estação chuvosa.  Um exemplo disso foi a epidemia de dengue ocorrida na cidade de Campinas no interior do Estado de São Paulo no inverno de 2015.

MITO Nº 2 –  A picada do Aedes aegypti não dói nem deixa marca

Isso não vale como regra geral. Ao longo da sua evolução, o Aedes aegypti desenvolveu um coquetel salivar composto por basicamente três tipos de moléculas: anticoagulantes, vasodilatadoras e antiagregantes de plaquetas. Essas moléculas dificultam que o hospedeiro – no caso, o ser humano – perceba a picada, facilitando a ingestão de sangue por parte do mosquito. Apesar de diminuir a irritação, porém, esse coquetel molecular não é 100% eficiente em produzir uma picada indolor. A inoculação de saliva no tecido dérmico pode causar reações na pele, que variam desde pequenas irritações a grandes edemas, dependendo do grau de sensibilidade da pessoa e do tempo e intensidade da picada.

MITO Nº 3 –  O voo do Aedes aegypti não produz zumbido

Não é verdade. O que ocorre é que os mosquitos da espécie Aedes aegypti voam principalmente durante o dia, enquanto os pernilongos são mais ativos durante a noite. Como estamos deitados e parados, é mais fácil para o pernilongo do gênero Culex se aproximar de nós e, consequentemente, ouvimos seu zumbido com mais frequência.  Durante o dia estamos mais ativos, o que dificulta a chegada do mosquito Aedes aegypti até perto de nossos ouvidos. Para diversas espécies de insetos, o zumbido que ouvimos é o barulho das asas batendo e cada animal tem uma frequência de som específica. Essa diferença é tão marcante que existem equipamentos capazes de identificar a espécie do mosquito por meio do som que ele emite durante o voo.

MITO Nº 4 –  O Aedes aegypti só põe ovos em água limpa

É um mito. Comparado com os pernilongos do gênero Culex, o Aedes aegypti tem uma preferência maior, não absoluta, por água limpa, com menor teor de matéria orgânica e sais. Apesar de sabido que um aumento na salinidade da água reduz a oviposição – ou seja, diminui a incidência de ovos colocados pelas fêmeas do mosquito – alguns países asiáticos já registraram o desenvolvimento de larvas em água salobra. No Brasil sabemos que pequenas doses de bactéria na água a tornam ainda mais atraente para as fêmeas do Aedes aegypti. É importante destacar esse comportamento, já que normalmente a população está condicionada a procurar e eliminar somente os potenciais criadouros compostos por água limpa, dificultando o controle do mosquito.

MITO Nº 5 –  A mudança climática está deixando o Aedes aegypti mais “forte” e mais “longevo”

Não é bem assim. O aquecimento global pode alterar a forma de expansão das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no sentido de que o aumento da temperatura em uma região pode ampliar a área de distribuição do mosquito. Por exemplo: se uma região é muito fria para que o mosquito se estabeleça, um aumento de temperatura no local pode fazer com que ele venha a se estabelecer.  Mas não há evidência de que a mudança climática tenha mudado o comportamento da espécie como um todo.

A temperatura da água pode influenciar o tempo total de desenvolvimento da larva do mosquito. Criadouros com temperaturas mais altas tendem a conter larvas que irão se desenvolver mais rapidamente do que aqueles com temperaturas mais baixas, o que não quer dizer que o mosquito irá viver mais tempo ou ser mais “forte”

 MITO Nº 6 –  Gotinhas de água sanitária matam a larva do mosquito em vasos de plantas

De todos os mitos, esse é o menos “mito”. Quando colocados na água, certos produtos podem afetar o desenvolvimento das larvas. Apesar de a água sanitária ser uma dessas substâncias – e das mais eficientes – vale lembrar que o sucesso desse método varia conforme a concentração do produto em questão. Ao adicionarmos substâncias à água, estamos aumentando a sua concentração de sais. Quando criada em um ambiente com maior concentração de sais do que a encontrada em seu próprio corpo, a larva perde água para o meio até o momento em que é dessecada e morre de tanto perder umidade.

MITO Nº 7 – O plantio de flores crotalárias afasta o mosquito

Esse é um dos mitos mais nocivos sobre o combate ao Aedes aegypti. As flores de diversas espécies de plantas do gênero Crotalaria apresentam coloração amarela e são atrativas para inúmeras espécies de insetos polinizadores. Dentre eles, as libélulas.  Ninfas (estágio da libélula entre o ovo e a fase adulta) ocorrem em lagoas e outros cursos d´água e são predadoras naturais de larvas de mosquitos em geral. Em tese, elas poderiam ajudar no combate às larvas, mas os criadouros de ninfas são sempre naturais; eles não são encontrados em ambientes artificiais, como pratinhos de vasos de plantas ou caixas d’água. Em outras palavras, as ninfas comedoras de larvas estariam ausentes justamente no tipo de habitat preferido pelo Aedes aegypti, inseto que está sempre perto de humanos, encontrado quase que exclusivamente dentro ou ao redor de moradias. Apesar de o encontro entre libélulas e Aedes aegypti ser improvável de acontecer no ambiente urbano, cidades do interior de São Paulo, como Sorocaba e Capivari, já criaram projetos de lei que previam o uso de recursos públicos no cultivo de crotalárias, mesmo sem que sua eficácia no combate ao mosquito fosse comprovada.

MITO Nº 8 –  O Aedes aegypti não frequenta lugares com mais de 1,5 metro de altura

Frequenta, sim. Mosquitos preferem colocar ovos em alturas de até 1,5m. Isso é um fato. Porém, quando surge a necessidade de buscar alimentos e parceiros para a cópula – ou até mesmo a necessidade de colocar ovos –, eles podem ser encontrados em locais mais altos. A prova disso é que não é difícil encontrar criadouros em caixas d´água e calhas, bem acima de 2,5 metros de altura. Algumas pessoas dizem ainda que apartamentos em andares mais altos estão livres da presença do Aedes aegypti, mas isso também é um mito, já que que o mosquito pode subir pelo elevador.

MITO Nº 9 –  O ar-condicionado mata o Aedes aegypti

Não é verdade. Insetos são organismos pecilotérmicos, ou seja, animais de sangue frio que têm a temperatura do corpo regulada pelo ambiente. Locais mais frios diminuem a sua atividade, fazendo com que eles voem menos e, consequentemente, piquem menos – até o crescimento das larvas pode ser atrasado em um ambiente frio. Apesar disso, a temperatura de um ambiente climatizado por um ar-condicionado dificilmente será suficiente para matar o Aedes aegypti.

MITO Nº 10 – O Aedes aegypti só pica durante o dia

Não é verdade. O Aedes aegypti habita áreas urbanas e sempre fica perto de sua principal fonte de sangue: o homem. Ele é um mosquito doméstico, altamente associado com o ser humano,  e vive dentro ou ao redor de casas e outros locais frequentados por pessoas, como estabelecimentos comerciais e escolas. Suas picadas se concentram durante o dia pois ele se alimenta do sangue humano ao amanhecer e ao entardecer. Ele pode, porém,  picar à noite também já que nesse período o ser humano está menos ativo e o acesso do mosquito ao sangue é facilitado. Outro fator que motiva a atividade noturna do Aedes aegypti em áreas urbanas é a grande quantidade de luz elétrica, fato que estende o período de atividade da espécie.

MITO Nº 11 –  Todo mosquito pica

Não é verdade. Seja qual for a espécie do mosquito, somente as fêmeas irão picar humanos, pois precisam do sangue para maturação de seus ovos. Machos se alimentam de soluções vegetais açucaradas e, mesmo se quisessem, não poderiam picar: ao contrário do aparelho bucal das fêmeas, os machos não apresentam total desenvolvimento das peças básicas para penetrar a pele do hospedeiro, fato que os impede de perfurar tecidos animais e vegetais. É por isso que eles se limitam a sugar líquidos açucarados, como o néctar das flores.

As perguntas foram respondidas por Cecília Kosmann e Guilherme Trivellato, supervisores de produção e ensaios de campo da Oxitec.

Fonte: http://aedesdobem.com.br/ciencia/os-11-mitos-do-aedes-aegypti/?utm_campaign=Aedes&utm_medium=Link&utm_source=Facebook&utm_content=Ciencia&utm_term=Brasil

Capitania dos Portos do Paraná realiza ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

DSC06917Militares da Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) realizaram ações de combate ao mosquito Aedes aegypti na cidade de Paranaguá neste sábado, em diferentes bairros da cidade. A ação faz parte da mobilização nacional das Forças Armadas em todas as capitais e cidades consideradas endêmicas pelo Ministério da Saúde.

Durante o dia, os militares fizeram a distribuição de material impresso com orientações para que a população informe-se e engaje-se no combate ao Aedes. O trabalho também incluiu apoio aos Agentes de Saúde na limpeza de residências e terrenos, com recolhimento de lixo e aplicação de larvicidas.

DSC07475A dona de casa Sônia Pezini, 66 anos, aprovou a iniciativa. “A presença das Forças Armadas nesta campanha nos passa maior credibilidade. Parabéns a todos pelo trabalho”, disse a moradora de Paranaguá.

Os militares visitaram também empresas da cidade, entre elas, uma pousada localizada no bairro Costeira. “É importante que as Forças Armadas realizem este trabalho para nos ajudar a controlar a situação em nossa cidade, que está muito crítica”, comentou o Administrador de Empresas Luiz Fernando de Meira, 35.

A atuação das Forças Armadas no combate ao mosquito transmissor da dengue, chinkungunya e Zika vírus permanecerá na próxima semana com a visita a residências e áreas comerciais. A ação também contemplará palestras em escolas locais. A meta é reforçar o trabalho de conscientização das crianças e adolescentes sobre como evitar a proliferação do mosquito transmissor.