Samu poderá ser interditado, ou não, no prazo de 15 dias

Conselho de Medicina protocolou, no dia 10, notificação extrajudicial da medida cautelar, com relação ao Samu do Litoral

3.1-SAMU-1De acordo com nota encaminhada pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná e publicada no jornal Diário do Comércio desta sexta-feira (10), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Litoral sofrerá interdição cautelar pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná, dentro de 15 dias, se não forem adotadas medidas técnicas e operacionais efetivas para o funcionamento do sistema em condições de segurança para quem presta e, sobretudo, para os usuários dos serviços. O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (Cislipa), que gerencia o SAMU e tem sua central de regulação em Paranaguá, foi notificado da decisão proferida pela plenária do CRM após sucessão de vistorias realizadas desde setembro do ano passado, período que só mostrou a degradação dos serviços e aumento do potencial de risco de dano à saúde da população.

O presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley, diz que a instituição em nenhum momento se furtará de cooperar com os gestores públicos no encaminhamento de soluções adequadas. Contudo, no atual momento, avalia a situação como extremamente grave, “expondo a riscos os pacientes socorridos, tornando quase inútil os esforços desprendidos pelos profissionais que cumprem o seu papel na luta pela preservação da vida”. Ressalta que as justificativas da interdição das atividades médicas, que encontra amparo legal no Código de Ética Médica e em normas do Conselho Federal de Medicina, serão apresentadas aos secretários de saúde e prefeitos dos municípios litorâneos que formam o consórcio, à Secretaria Estadual de Saúde, Vigilância Sanitária, Promotoria de Defesa da Saúde e Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa.

A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Paranaguá informa que o CRM está fazendo o monitoramento das atividades do Samu.

E destaca que a população continua sendo atendida normalmente. Acompanhamento se dará por período de 15 dias, caso contrário o Conselho Regional de Medicina vai declarar suspensão dos serviços, devido às falhas de gestão realizadas pela administração anterior e assumidas pelo grupo atual. Entretanto, o vice-prefeito Edson Kersten garante que todas as medidas estão sendo tomadas para evitar a intervenção.

E a informação do vice-prefeito é mais do que bem vinda, pois o Samu faz um bom trabalho no Litoral e, com certeza, a população espera que o serviço continue sendo prestado.