Morador de rua é atropelado e agredido em Matinhos, no Litoral do Paraná

Polícia afirma que dois jovens são suspeitos de cometer o crime na madrugada de quinta-feira (18); um chegou a ser preso e o outro ainda não foi identificado

Um morador de rua morreu na madrugada de quinta-feira (18) após ser atropelado várias vezes e agredido a pedrada em um posto de combustíveis, em Matinhos, de acordo com a Polícia Civil.

Dois jovens são suspeitos de cometer o crime, segundo a polícia. O motorista chegou a ser preso em flagrante, na manhã de sexta-feira (19), mas foi solto durante a tarde em audiência de custódia. Ele vai usar tornozeleira eletrônica. O outro ainda não foi identificado.

Continue lendo

Homem confessa agressão a morador de rua encontrado morto no domingo

Foto: Irozê Picanço

Foto: Irozê Picanço

Edison Rosa Mendes da Silva, 34 anos, se apresentou na Delegacia da Polícia Civil de Paranaguá nesta segunda-feira (05), acompanhado de um advogado. Ele admitiu ter agredido o morador de rua Enemir Gonzales do Amaral, de 48 anos, encontrado morto na tarde de domingo (04) em uma calçada na região central da cidade.

Em suas declarações, Edison alegou que agiu em legítima defesa, e que usou um bastão de madeira para agredir o homem. Ele mora no centro da cidade, e na noite de sábado teria flagrado Enemir tentando  arrombar um veículo na rua Julia da Costa. De acordo com Edison ele conseguiu impedir a ação do morador de rua, e no domingo pela manhã eles novamente se encontraram na região central. Enemir estava com o bastão de madeira e foi para cima de Edison, acertando alguns golpes nas pernas e costas do rapaz. Ele, para se defender, conseguiu desarmar o morador de rua e com o próprio pedaço de madeira acertou um golpe na cabeça de Enemir, que fugiu. Edison contou aos policiais que soube da morte do morador só na segunda-feira.

De acordo com o delegado chefe da 1ªSDP, Dr. Ítalo Sega, Edison foi indiciado em inquérito policial, que tem um prazo de 30 dias para ser concluído. A Polícia agora vai apurar a versão apresentada e confrontar com imagens de câmeras de monitoramento. Como não se encontrava em situação de flagrante, Edison foi ouvido e liberado para responder o processo em liberdade.

Fonte: Jornalismo da Ilha