Crônica do Dia: Frases alegres

kátia 1Por: Kátia Muniz

Tenho um amigo que trabalha em um ponto turístico, bem movimentado, da nossa região: a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, na paradisíaca Ilha do Mel. No ano passado, ele me cedeu espaço para expor umas frases de minha autoria por lá. Achei a ideia ótima!

Este ano, ele renovou o convite: “Kátia, você pode continuar expondo tuas frases aqui, mas traga umas mais alegres”.

Achei graça, sorri com o rosto todo. Na sequência, engoli em seco: glupt!

Sinceramente, não levo o maior jeito para o humor. Passaria fome se fosse para ganhar a vida contando piadas. Não as conto e confesso que demoro uma eternidade para conseguir achar graça em alguma.

Minhas amigas riem à toa das bobagens que eu digo nos nossos encontros. Mas elas são solidárias comigo. Só pode!

Gosto do gênero comédia. Mas da comédia inteligente, que fique bem claro. Usar o recurso dos palavrões, muitas vezes forçosamente encaixados num texto, não ganha de mim, nem um sorriso similar ao da Monalisa.

Não que eu seja sisuda, viva de mau humor. Nada disso. Mas faço a linha mais compenetrada, eu e meus botões vivemos um amor eterno, sou toda reflexão, e na hora da escrita, isso aflora.

Eu e minhas indagações, eu e meus questionamentos, eu e meu olhar atento, eu e as pequenas miudezas da vida que tanto me encantam, eu e o cotidiano, eu e minha queda para falar das coisas do coração e das dores dos amores. Sou chegada a um drama.

Querido amigo, enviarei as frases. Nenhuma fará os visitantes se acabarem de tanto rir, mas se eles depositarem um olhar atento sobre elas, já me sentirei realizada.

Sorrisos? Entrego os meus e ficará tudo certo.

Crônica do Dia: Nós e eles

katia 3Por: Kátia Muniz

Ok. Até podemos ser interessantes, bonitas, inteligentes, mas, convenhamos, também somos chatas.

Depois dessa última afirmação, já vejo tomates sendo arremessados contra a minha pessoa.

Calma, meninas!

Não sei direito em que momento da vida nos tornamos chatas, mas desconfio que tem muito a ver  com a chegada da primeira menstruação. Acho que é aí que a coisa toda degringola de vez. Hormônios, sempre eles. Continue lendo

Crônica do Dia: Parada obrigatória

kátia 1

Era dezembro, folga da coluna do jornal. Estava eu de papo pro ar, quando entra uma mensagem de uma leitora perguntando por que eu havia parado de escrever.

Expliquei que faço uma pausa. Preciso. Quem não?

Não a convenci, pois ela ainda acrescentou dizendo que quem escreve não tira férias. Nesse ponto, tenho que concordar. As letras dão de ombros para os momentos de relaxamento. Elas invadem e se ausentam na hora que bem entendem. Têm vida própria, já me acostumei. Continue lendo