Crônica do Dia: 2017

katia-muniz2Para: Kátia Muniz

Em um encontro de amigos, com dezembro ainda recebendo os primeiros sinais de vida, ouvi alguém dizer: “Eu desejo que 2017 seja 100%.”

Força de expressão, claro.

Tudo dentro de uma linha reta, fechando bonitinho o balanço da vida, nada fora do lugar, tudo perfeito, impecável, correto, primoroso, virtuoso, imaculado? Sabemos muito bem que a vida não é linear. Continue lendo

Adolescente com síndrome de Down faz texto que serve para reflexão contra o preconceito

preconceito lucasAdolescente com síndrome de Down faz texto que comove e encanta pessoas em redes sociais como o whatsapp sobre o preconceito.

O texto abaixo mostra a sensibilidade, assim como dificuldades de um adolescente com síndrome de Down dentro do colégio onde estuda.

Lucas demonstra sentimentos que muitos jovens, com ou sem síndrome, têm. Porém, ele faz um alerta para o preconceito. Não só o preconceito que muitos adolescentes podem sentir com relação a ele por ter a síndrome, mas dele mesmo.

Num texto curto, mas comovente, Lucas deixa um momento para reflexão de pais, jovens, professores, coordenadores, enfim, para todos.

preconceito

Crônica do Dia com Kátia Muniz

kátia-muniz2Perguntas em busca de respostas

Por: Katia Muniz

Quando soube da reforma da Praça do Guincho, vibrei.

Espaço renovado, bancos novos, paisagismo, boa iluminação. Tudo para fazer jus ao entorno belíssimo, digno de cartão postal, que a natureza de bom grado nos entregou.

Desde junho, um tapume reveste toda a praça. Nesses dias, me peguei tentando enxergar, por uma fresta, o que havia do outro lado. A curiosidade sempre andou de mãos dadas comigo.

Agora não preciso mais esticar os olhinhos curiosos. Vândalos agiram e destruíram não só os tapumes, mas também parte das benfeitorias já realizadas. Volta-se à estaca zero.

Choro, grito, esperneio, faço o quê? Escrevo.

Paranaguá, porque a maltratam tanto?

Acho você tão bonita, tão cheia de graça, tão charmosa, com seus casarios históricos, com suas ladeiras. Entrega-nos de graça um rio e uma brisa capaz de nos revigorar e nos refrescar em tempos de calor escaldante.

Por que tanta gente insiste em jogar lixo na rua? Por que tantos abandonam mobílias velhas em locais públicos? Por que a Estação Ferroviária é, hoje, uma das nossas inúmeras vergonhas?

Que prazer sórdido é esse que faz destruir o que está sendo construído para o bem da coletividade?

Ah, Paranaguá! Incapaz de eleger um deputado estadual e federal, pois na época das eleições, muitos se candidatam apenas para medir sua força política, o que provoca a divisão de votos.

Paranaguá, eu sinto a sua dor. Fico triste ao perceber o quanto agoniza e perde suas forças.

Na morosidade típica e burocrática do funcionalismo público, as obras da Praça do Guincho serão retomadas.

Paranaguá, são tantas perguntas e não consigo encontrar as respostas. Mas prometo fazer só mais uma. Responda-me com o fio de força que lhe resta: Quem de fato nessa cidade te ama?