Fiança de 10 salários mínimos foi paga e motorista do acidente na BR 277 saiu da cadeia

Tragédia na BR 277 teve seis vítimas fatais

WhatsApp-Image-20160703 (15)Pedro Hidalgo, de 55 anos, foi transferido do Hospital Regional para o Hospital Evangélico no domingo. Ele tinha 90% do corpo queimado e seu estado era considerado gravíssimo. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu na tarde de ontem, em Curitiba.

Ontem, também, a menina de 18 dias de vida recebeu alta do hospital. Ela foi salva pelo pai que a deixou com populares, perto da rodovia antes de acabar morrendo queimado às margens da BR 277, no município de Morretes.

Quanto ao motorista do caminhão, foi estabelecida fiança de 10 salários mínimos e suspensão da carteira de motorista. A fiança já foi paga e o motorista deve responder processo em liberdade.

De acordo com informações divulgadas pela RPC, o motorista havia detectado problema nos freios na semana passada.  Ele foi enquadrado no crime de homicídio culposo.

O caminhão foi retirado numa operação realizada no início da tarde de ontem.

Outro testemunho impactante da tragédia da BR 277

Rafael conseguiu escapar enquanto o carro dele pegava fogo. (Foto: Reprodução/Facebook

Rafael conseguiu escapar enquanto o carro dele pegava fogo. (Foto: Reprodução/Facebook

O representante comercial Rafael Bocks, de 33 anos, é um dos sobreviventes da tragédia da BR 277. Ele voltava de Paranaguá para São José dos Pinhais, quando tudo aconteceu.

Ele viu um clarão. “Parecia um sol. Logo em seguida, o caminhão apareceu, muito rápido e o tanque já queimava inteirinho. A carreta saiu da pista e todo mundo começou a jogar o carro para a direita, para não ser atingido. O problema é que não tinha mais para onde ir e eu fiquei preso”, completou Rafael em entrevista ao radialista Geovane Barreiro para o Jornal da Banda B.

O tanque bateu de frente e pela lateral do automóvel onde Rafael estava. O veículo que vinha atrás colidiu junto. “Começou a cair combustível dentro e em cima do carro. Ele estava cheio de mercadorias e caixas, eu não tinha por onde sair. Olhei para trás e vi que um dos vidros da lateral estava quebrado. Tive dificuldades para tirar o cinto e o veículo já estava queimando, tinha fogo para tudo quanto é lado. Não sei como consegui puxar o corpo para fora, pela janela”.

Quando Rafael saiu, se deparou com um ‘rio de combustível’. Ele se apoiou na porta do carro e caiu com o pé sobre a poça que pegava fogo. As chamas atingiram a perna dele. “Eu saí correndo e me joguei no mato. Tirei o casaco e a calça para tentar apagar o fogo, foi desesperador”.

Por Marina Sequinel para site da Rádio Banda B