Segundo o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, apesar do controle sanitário ser de responsabilidade da Anvisa (em relação às pessoas) e ao Vigiagro/Ministério da Agricultura (quanto à carga), esse trabalho de propagação da informação é fundamental em situações como a que se apresenta, em relação à doença.
“Para operar pelos portos paranaenses, os navios devem estar com a documentação e situação sanitária de acordo com as exigências desses órgãos. A nossa contribuição está sendo em divulgar os comunicados das agências nacionais e dados sobre o vírus e a transmissão para evitar que esse contato dos trabalhadores locais com os tripulantes do navio, que podem vir dessas regiões africanas mais afetadas, seja porta de entrada para o Ebola”, afirma.
CONTATO – Até julho, os portos do Paraná receberam 1.393 navios – 34 de carga geral, 405 de contêineres, nove de derivados de petróleo, 260 de outros granéis líquidos, 586 e granéis sólidos e 99 de veículos (Ro-Ro). Considerando que, em média, cada navio traz 20 tripulantes, são 27.860 trabalhadores de diversas origens que passaram pelo Porto nos sete primeiros meses deste ano.Esses tripulantes podem chegar a descer do navio e sair do porto (dependendo da liberação da Polícia Federal e do tempo de operação do navio) e ainda têm contato com os trabalhadores locais – Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs) – que também vão a bordo durante as operações.
Ao capitão do navio, em caso de algum tripulante apresentar os sintomas, e que tenha circulado nos últimos 30 dias nas regiões africanas já citadas, a Anvisa orienta que se notifique a situação imediatamente às autoridades de saúde brasileiras e que se isole o doente na cabine, oferecendo todo suporte de água e alimentação necessários. Orienta-se ainda que apenas um tripulante designado (médico ou outro designado) passe a se comunicar e servi-lo até sua remoção ou liberação conforme instruções das equipes de saúde no solo. Seguir as recomendações locais da autoridade sanitária quanto à limpeza, retirada de resíduos, etc.Reunião– Nos portos paranaenses não chegou até agora nenhum navio nestas condições. Na próxima segunda-feira (18), às 14h, no auditório da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), a Anvisa Paranaguá vai realizar uma reunião mais detalhada com a comunidade portuária local.
Fonte: Appa