Dois suspeitos de envolvimento na morte do delegado José Antonio Zuba de Oliva, em agosto de 2010, começam a ser julgados ontem em Matinhos.

Paulo Roberto Pereira Quintal, conhecido como ‘Tutancamon’, e Francisco Diego Vidal estão presos há quatro anos, suspeitos de participação na morte do delegado, que tinha 47 anos e uma carreira de 23 anos na Polícia Civil.

Os dois respondem pelos crimes de homicídio doloso qualificado, quando há intenção de matar, porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Os suspeitos podem pegar até 30 anos de prisão.

O crime aconteceu no dia 24 de agosto de 2010 em Pontal do Paraná. O delegado Zuba, junto com duas investigadoras e Adilson da Silva, um funcionário público que auxiliava a polícia local, foram averiguar uma denúncia de que havia homens armados em um camping da cidade. As duas policiais foram rendidas. Zuba e Adilson foram baleados. O delegado morreu na hora. O funcionário público, de 42 anos, morreu horas depois no hospital.

Quatro suspeitos do crime foram identificados ainda em 2010. Felipe “Tex” e Paulo Aparecido Alves de Abreu, o Gauchinho, morreram em confronto com policiais. Os outros dois resistiram à prisão, mas conseguiram ser detidos. Segundo a Polícia, o quarteto seria integrante do Comando Vermelho da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Roberto Nascimento, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná, entidade que o delegado Zuba era associado, espera que seja feita justiça no julgamento do caso. Roberto Nascimento conhecia o delegado Zuba e diz que a morte dele foi uma grande perda para a Polícia Civil.

O delegado esteve à frente das investigações de pelo menos três casos de repercussão estadual em 2010: o assassinato da psicóloga Telma Fontoura, o envolvimento do filho do ex-prefeito de Pontal do Paraná com roubo de carga de cigarro, e o incêndio no fórum da cidade. Fonte: CBN