Mais de 2 milhões de ratos em Paranaguá

A estimativa é de que existam 5 milhões porque há locais que ainda não passaram por estudo. Hoje, há um número de 17 ratos para cada habitante

DC 1.inddO professor Francisco Xavier da Silva de Souza, da UFPR Litoral, tratou do assunto “roedores” em duas ocasiões nas últimas semanas. A primeira foi durante o seminário realizado pelo Colégio Diocesano Leão XIII, a segunda, na última quarta-feira, dia 7, durante a Semana no Meio Ambiente na palestra que fez no Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá (MAE).

Mestre em Desenvolvimento Territorial e  Sustentável,  o professor defende uma ação de limpeza, especialmente, no setor portuário. Continue lendo

Porto de Paranaguá intensifica controle de zoonoses

Funcionário faz retirada de carcaças de animais mortos

De janeiro a setembro, 1.626 carcaças de ratos e 1.705 de pombos foram recolhidas na área portuária. O Plano de Controle de Zoonoses, desenvolvido pelo Núcleo Ambiental da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), também prevê desinsetização e coleta de resíduos. Há um mês, uma empresa foi contratada por licitação para acirrar o controle da população desses animais.

“As áreas portuárias reúnem condições que facilitam a proliferação dessa fauna nociva, principalmente pela concentração de alimentos e água. Porém, com ações ostensivas de controle desses animais e com a limpeza permanente, temos dados passos importantes para a redução dessa população”, afirma o diretor técnico da Appa, Paulinho Dalmaz.

De julho a setembro, a equipe de controle de zoonoses recolheu 309 carcaças de ratos e distribuiu mais de 400 blocos parafinados para captura desses animais na área portuária. Em todo o ano, já foram 2.772 iscas estrategicamente posicionadas para reduzir o número desses bichos.

A presença de pombos, na área portuária, também é uma ameaça às operações e à saúde. Porém, de julho até setembro deste ano, 323 carcaças desses animais foram recolhidas. “Recolhemos os animais que morrem naturalmente. Além disso, aplicamos métodos naturais e criamos barreiras – como a instalação de telas – que impede que os pombos façam novos ninhos na área”, explica o diretor técnico do Appa. No trimestre, foram retirados 715 ninhos de pombos. De janeiro a setembro, foram 2.214.

“Nunca essa limpeza foi levada tão a sério quanto nos dois últimos anos. Cada vez mais estamos incorporando a cultura da limpeza na comunidade portuária, o que ajuda a reduzir a fauna sinantrópica nociva. Esse é o passaporte para que o Porto seja livre de doenças e possa garantir qualidade”, conclui Dalmaz.