Dicas para utilizar as redes sociais de forma profissional

saiba-como-usar-as-redes-sociais-profissionais-a-favor-da-sua-carreira-710x300Muitas pessoas utilizam as redes sociais apenas como ferramentas para entretenimento e descontração, o que, de certa forma, não está errado. Contudo, um uso mais adequado dessas ferramentas de comunicação pode potencializar carreiras e promover crescimento profissional e network. Assim, cuidados são necessários.

Saiba quais são:  Continue lendo

Discursos de ódio silenciam o mito da cordialidade

Exacerbação do individualismo nas discussões sobre política, futebol e religião expõe intolerância e derruba mito da cordialidade do brasileiro

895-a-era-da-grosseriaA guerra verbal travada entre defensores da presidente afastada Dilma Roussef e os partidários do impeachment e do presidente interino Michel Temer desmascara um mito sobre o povo brasileiro: quando o assunto é política, futebol ou religião, não somos cordiais. As redes sociais são o reflexo de tanta agressividade, afinal, são em posts, comentários e compartilhamentos que muita gente expressa a falta de tolerância com opiniões diferentes. No plano “real”, porém, manifestações de ódio começam a fazer parte da rotina. Cartazes, palavras de ordem nas manifestações ou mesmo a troca de ofensas e até cusparadas entre deputados, durante a votação do impedimento da presidente na Câmara, por exemplo, evidenciam o clima de discórdia.

“O que observamos é uma forte tendência à intolerância e à afirmação de paixões”, avalia o psicólogo Aurélio Melo, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Segundo ele, os brasileiros nunca foram cordiais. “O que se vê nos debates políticos atuais é que as pessoas estão apaixonadas, mas na paixão não há reflexão, as posições viram uma crença. O apaixonado só vê um lado, não consegue debater”, explica.

Melo diz que teve esperanças na eleição de 2014, quando começou a perceber brasileiros finalmente se interessando por política. “Mas logo entendi que não era política, no sentido de discussão ou de militância, mas sim discursos apaixonados”, diz.

Para ele, o atual momento político deveria ser encarado como uma oportunidade para debater ideias e descobrir que é possível pensar diferente, mas continuar convivendo. “Porém, na sociedade individualista em que vivemos, manter a própria opinião é mais importante que a amizade com alguém. Eu mesmo tenho dúvidas sobre expressar minha opinião e as pessoas não entenderem que continuo gostando delas”, exemplifica.

Uma consequência importante desta realidade é a perda da possibilidade de discutir política de forma saudável. “Outra perda é não sermos capazes de desenvolver relações mais humanas e vínculos mais significativos”, afirma, lembrando que nas redes sociais os vínculos são frágeis. “Na discordância, você deleta a pessoa e tudo bem”, critica.

O professor enxerga a exacerbação do individualismo nas discussões sobre política, mas também em relação a futebol e religião. “Há um elemento em comum nas conversas sobre esses temas, que é a intolerância”, opina. As consequências para a vida pública, porém, são mais graves na política. “Há o risco da radicalização, o que dá margem para o aparecimento de figuras autoritárias que vão sintetizar essa incapacidade para conviver com a diferença. Democracia não é fazer o que quer, mas viver na diferença e respeitar a decisão da maioria, o que é muito difícil”, pontua.

“Sair do grupo de WhatsApp ou Facebook”, porém, não é a solução para combater a intolerância. “É preciso aprender a emitir opiniões sem ser intolerante, com polidez”, defende.

Agressividade

A professora doutora Vanice Maria Oliveira Sargentini, coordenadora do Laboratório de Estudos do Discurso da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), afirma que “a intolerância que se exibe nos discursos deixa ver suas raízes, que em geral refletem a nossa história de desigualdade social, estando nisso envolvidas as relações de poder”.

De acordo com ela, a agressividade do discurso pode insultar, mesmo não sendo construída com palavrões. Entre exemplos citados pela pesquisadora estão o fato de uma grande revista ter publicado uma capa expondo a suposta histeria da presidente afastada Dilma Roussef ou mesmo quando manifestantes representam o ex-presidente Lula por um boneco inflável com vestimenta de presidiário. “Isso reforça o estigma negativo atribuído ao presidiário, que a princípio, por um discurso social, deveria ser aquela pessoa que está retida para aprender a se reintegrar na sociedade e não para ser punida com sofrimento.”

Para Vanice, a disseminação de discursos permeados pela agressividade contribui para a construção de uma política como espetáculo. “A política-espetáculo, exibida inicialmente nas televisões e atualmente nas redes sociais, utiliza uma ‘língua de vento’, ou seja, uma nova política da fala, caracterizada por formas breves, pequenas frases sloganizadas, nas quais se valoriza a astúcia verbal e não a estratégia política”. Já o modelo anterior era baseado no que chama da “língua de madeira”: discursos longos e repetitivos.

De forma paradoxal, Vanice aponta que nos últimos anos, no Brasil, houve uma docilização do discurso político, seguida de uma intensa agressividade. “Nas campanhas anteriores a 2002, o Lula era um candidato que falava para o eleitor como se estivesse no palanque”, disse. Diante da necessidade de se tornar mais “polido”, como exigia a tela da TV, ele passou a abaixar o tom de voz, controlando os gestos, de modo a tornar-se mais palatável para esse olhar dos eleitores mediado pela televisão. “Passou a ser designado como ‘Lulinha paz e amor’, uma vez que teria esmaecido as distensões, para conquistar os seus eleitores”, analisa.

Desde a campanha de 2014 até hoje, entretanto, ela observa que o comportamento é o avesso do que foi descrito. “A pulsão agressiva física e psicológica que se quer direcionar ao opositor converte-se muitas vezes na verbalização”, alerta.

Fonte: Carolina Avansini – Equipe Folha

Prefeituras cancelam carnaval em várias partes do país

Campanha toma conta das redes sociais em Paranaguá, especialmente, depois da confirmação do status de epidemia na cidade

Charge do site Fmanha

Charge do site Fmanha

Falta de verba mesmo, crise no abastecimento de água ou a dengue estão fazendo com que prefeitos de muitas cidades brasileiras resolvam cancelar o carnaval neste ano de 2016.

Com a confirmação de que Paranaguá vive uma epidemia de dengue, uma campanha pelo cancelamento do carnaval em prol da saúde pública começou a tomar conta das redes sociais.

No interior de São Paulo, duas prefeituras decidiram cancelar a festa e investir os recursos no combate à dengue. É o caso de Catanduva (385 km de São Paulo), que possui um dos mais tradicionais carnavais do interior do Estado.

O investimento seria de R$ 1,5 milhão e a expectativa era atrair 100 mil pessoas para o festejo.

“O cenário econômico do país faz com que se tomem todas as precauções para que Catanduva possa continuar a se desenvolver (…) por determinação do prefeito Geraldo Vinholi, não foi realizada a festa de final de ano na avenida Theodoro Rosa Filho, e agora, a decisão é de que não seja realizado o carnaval 2016”, informa a administração.

Em Paranaguá, a campanha pelo cancelamento dos festejos de momo tomou conta. “Quem quer ficar pensando no carnaval quando os hospitais estão cheios e tem tanta gente doente em casa?”, questionou dona Helena Martins.

Gabrielle Assunção acredita que deveriam investir o dinheiro na saúde. “Mas acho difícil cancelarem agora faltando menos de um mês e, no mínimo, a verba já deve ter sido repassada aos organizadores”, disse.

Janaína Pessoa faz um comparativo dizendo “sem falar na turma pulando lá e o mosquito da dengue também”.

E Maribel Chemure é direta: “se eu fosse turista, corria longe daqui”.

 

Como reconhecer um chato na internet?

chato nas redesResponda rápido: você conhece algum chato na internet? Ou você mesmo se enquadra nessa característica não muito boa, mas não faz nada para perder o posto? Como a bola da vez são as redes sociais, e dela surgem muitas inspirações, o foco da “chatice” será ela. Se você curte sua própria postagem, compartilha tudo o que vê pela frente e só fala usando as famosas hashtags, cuidado: você pode ser o chato da vez!

O especialista Ediney Giordani, CCO da kakoi Comunicação e especialista em redes sociais, listou dez características que podem ajudar a reconhecer o chato na internet.

10 – Curtir as próprias postagens: segundo Giordani, é péssimo fazer isso. “É o mesmo que você chegar a reuniões imensas e gritar: ‘olha como sou legal; olha como sei escrever’. Por favor, deixe esse hábito horrível de lado”.

9 – Dar a sua opinião e discordar frontalmente de todos aqueles que não concordem com você. “Todos têm direito de opinar, e ao mesmo tempo de respeitar a opinião alheia. Se seu amigo postou que gosta da cor preta e você a detesta, ok. Não crie caso por isso. Não encha a postagem do amigo com comentários contrários ao gosto dele. Se quiser colocar a sua opinião, tudo bem, mas não tente convencê-lo de que a sua cor é melhor do que a dele. Cada um tem uma opinião sobre cores, times de futebol, política, relacionamentos e religião, ou seja, não crie uma confusão só porque discorda de alguma coisa”, lembra Ediney.

8 – Compartilhamentos infinitos e ao mesmo tempo. “Calma, não saia compartilhando tudo o que vê pela frente. Se isso acontecer, as chances do seu amigo te excluir são grandes. Pegue leve, compartilhe um ou outro conteúdo. Moderação é tudo”, acrescenta o especialista.

7 – Marcar amigos em propagandas. “Muito usado nos tempos de Orkut com colagens nos murais, no Facebook essa prática chegou à loucura generalizada. Empresas, cantores, bares e ativistas políticos, por exemplo, fazem aquela arte de gosto duvidoso e começam a marcar todo mundo como se não houvesse amanhã. Para isso, uma solução é fechar seu perfil para postagens sem sua autorização”, aconselha Giordani.

6 – Ficar perguntando: viu minha postagem? “Se vi e não falei nada é porque não me chamou a atenção nem a ponto de gostar e curtir ou discordar e concordar com você”, resume.

5 – Acreditar e compartilhar bobagens. “Fotos inéditas da morte dos Mamonas? O Bolsa Família vai acabar? Não compartilhe bobagens expressando sua indignada opinião. Pesquise, sempre”, recomenda o jornalista.

4 – Perfil 1, Perfil 2, Perfil 3… : “Se você tem 164 mil perfis você está usando a internet e as suas redes sociais de maneira errada. Se você é tão popular assim, por que não abrir uma página? Tudo ficará mais fácil para você e para seus seguidores”, avalia.

3 – A sua vida inteira nas redes. “As redes sociais não são um diário. Frases como ‘Bom dia, esse é meu café’; ‘Olha minha cama’, ‘#partiu tomar banho’, ‘#partiu almoço’, ‘estou cansado’, e assim vai. As redes sociais servem para outras coisas, não para mostrar a vida inteira nelas. Claro que você pode postar coisas pessoais, mas não precisa dar um passo a passo da sua vida. Tudo deve ser feito com moderação”, alerta o especialista.

2 – As famosas hashtags #: “#pessoas #que #escrevem #tudo #com #o #uso #da #hashtag. Usem essa ferramenta de busca com moderação. Usando desta maneira, não irá funcionar, seus colegas não vão conseguir ler e você perdeu o maior tempão com esse número de #”,  recorda Ediney.

1 – Convite para joguinhos no Facebook: “esse item pode ser polêmico, mas pense: você pode, sim, convidar a pessoa UMA vez para que ela passe a jogar com você um determinado joguinho, mas NUNCA mais de uma vez, é chato e ninguém aguenta. Você acabará bloqueado”, finaliza o especialista.