Oitenta e sete navios esperam para atracar no Porto de Paranaguá

navio (1)O Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, está com uma fila de 87 navios graneleiros aguardando no corredor de exportação para atracar nesta quarta-feira (26). A situação acontece devido à chuva, já que as operações com grão não funcionam com o tempo chuvoso. A chuva e a alta umidade do ar atrapalham o processo, deixando os seis berços destinados a grãos – soja, milho e farelo – parados.

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) informou que as operações de grão estão praticamente paralisadas desde o dia 15 de junho, quando começou o registro de chuva na região.

Em dias sem chuva, a média de navios graneleiros esperando para atracar é de 50 a 60 navios, de acordo com a Appa. Com o tempo bom, um navio leva de três a quatro dias para ser carregado com 60 toneladas de carga. Nos dias chuvosos, leva-se o dobro do tempo, ainda conforme a Appa.

As operações com os navios de fertilizantes também são prejudicadas com a chuva. Até a tarde desta quarta-feira, 22 navios de fertilizantes aguardavam para atracar no Porto deParanaguá.

Temporal deixa 70 pessoas desabrigadas na Vila Divinéia

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Defesa Civil interditou conjunto residencial

A noite de quarta-feira, dia 13, foi de muito trabalho para os agentes da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Paranaguá – COMDEC. Os fortes ventos e as chuvas que caíram por alguns minutos no final da tarde, foram o suficiente para causar danos em várias casas.
Segundo a equipe da Defesa Civil (COMDEC), a região mais afetada foi o bairro da Vila Divinéia, principalmente, o conjunto residencial Ilha do Farol, do “Programa Minha Casa, Minha Vida”, de responsabilidade do Governo Federal.
O prédio foi interditado com base no laudo técnico do engenheiro da Defesa Civil, devido às infiltrações ocasionadas pelas fortes chuvas no momento do destelhamento, comprometendo as instalações elétricas do prédio, causando risco aos moradores.
Algumas casas próximas ao conjunto residencial sofreram grandes danos, devido aos destroços do telhado que foram arremessados sobre as residências pela força do vento.
Em torno de 16 famílias, totalizando 70 moradores do bloco 03 do Conjunto Ilha do Farol, tiveram que deixar seus apartamentos por medida de prevenção, e foram alojadas provisoriamente no salão de festas do local, e outros preferiram ficar na casa de seus parentes e amigos.

Amanda Berlim, sindica do Conjunto Residencial Ilha do Farol, declarou que vai aguardar a avaliação final da Defesa Civil, para tomar as providenciais cabíveis junto a construtora responsável.

A dona de casa Rose Leopoldina da Silva, também, moradora do conjunto, com muita dor no coração e as lagrimas escorrendo dos olhos, teve que deixar o seu lar, junto com os seus filhos menores de idade, e pediu providências dos responsáveis pela construção do prédio, dizendo que esta não é a primeira vez, e finalizou, clamando a ajuda de Deus.

O coordenador municipal da Defesa Civil, Cícero Alves Fernandes manteve contato com a construtora responsável, e exigiu que fossem tomadas as providências cabíveis, visando minimizar o sofrimento das famílias afetadas.
Os moradores desabrigados já começaram a contabilizar os prejuízos, mas só voltarão para os seus apartamentos somente após a inexistência de riscos, que será confirmado pela Defesa Civil.

Pontes só serão refeitas em 2013

Pontes improvisadas continuam

Está previsto para março de 2013 – no aniversário de dois anos da tragédia que assolou o Litoral do Paraná – o início da reconstrução de pontes levadas pela chuva. O governo do Paraná anunciou que está abrindo o processo para escolha das empresas que irão substituir estruturas improvisadas nos municípios de Paranaguá, Morretes e Guaratuba por pontes de concreto. O investimento será de R$ 10,3 milhões, sendo que R$ 22 milhões teriam sido aplicados em obras emergenciais no Litoral.

A culpa da demora, segundo o governo estadual, seria do atraso da liberação de recursos pelo governo federal. O dinheiro chegou dois meses depois da tragédia, mas a aprovação para o uso na construção das pontes só aconteceu no dia 14 de fevereiro de 2011. O plano de trabalho para definir quais obras deveriam ser executadas foi finalizado somente em novembro de 2011 – oito meses após a tragédia.

A indefinição impediu que fosse aproveitada uma brecha na lei que existe justamente para agilizar obras em áreas atingidas. Em casos de desastres, as autoridades podem decretar estado de emergência ou calamidade e, assim, ficam liberadas de alguns entraves burocráticos. Podem, por exemplo, comprar produtos apenas fazendo cotações de preço e contratar obras sem cumprir muitas exigências ou prazos longos. Mas o decreto de estado de emergência só vale para aquisições feitas nos primeiros 180 dias após a tragédia.