Estratégias para evitar ebola em Paranaguá estão traçadas

5.1-IMG_3932A Administração dos Portos do Paraná se prepara para organizar um exercício simulado de atendimento de emergência no caso de suspeita de infecção pelo vírus Ebola na área portuária. O treinamento prático será realizado junto com a Secretaria Municipal de Saúde, 1ª Regional de Saúde da Secretaria de Estado e Anvisa.

O plano define um protocolo a ser seguido em caso de suspeitas da doença

Plano

O agente marítimo é o primeiro contato com a embarcação (que apenas está liberada para atracar e operar depois de vistoriada e autorizada, pelo documento de livre prática, pela Anvisa).

Em caso de uma situação de risco, o protocolo a ser seguido é avisar imediatamente a Agência Nacional que aciona o Samu que, por sua vez, assume a remoção do doente (tripulante, no navio ou no cais) e deve encaminhá-lo – primeiro por lancha, se o navio estiver fundeado ou ao largo – e depois em ambulância até o Hospital Regional do Litoral.

 

“Esse caminho deve ser bem reparado. Por isso a importância de se fazer o simulado. Vamos criar um grupo com a Appa, a Saúde (no município e no Estado, através da Regional), a Anvisa, a equipe do Samu e do Hospital Regional para operacionalizar isso e deixar todo esse trajeto bem preparado. Com o exercício prévio à emergência fica possível de se detectar falhas e corrigi-las a tempo”, afirma a Secretária Municipal de Saúde, Terezinha Flenik Kersten.

Riscos

Como apresentou na reunião o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, apesar do alerta que vem sendo feito em relação aos riscos da entrada do vírus pelos portos brasileiros, em Paranaguá esse risco é pequeno.

Segundo ele, de janeiro a julho, foram atracados 1.405 navios trazendo quase 28 mil tripulantes. De acordo com as origens, entre esses navios, apenas quatro embarcações foram provenientes de países como Serra Leoa, Nigéria e Libéria – ou seja, da área crítica.

PRECAUÇÕES PARA QUEM TEM ACESSO ÀS EMBARCAÇÕES

  1. Cuidados com contato direto com aqueles em zona de risco (aperto de mão, abraços, etc);
  2. Evitar o uso de materiais de uso comum (copos, talheres, pratos, toalhas, etc);
  3. Em caso de sinal suspeito (embarcados passando mal ou com sintomas suspeitos) informar às autoridades o mais rápido possível e evitar ao máximo o contato de casos suspeitos com outras pessoas.

O QUE NÃO FAZER EM CASO DE SUSPEITA

Não encaminhar casos suspeitos ao ambulatório da Appa;

Não utilizar a ambulância da Appa/OGMO (ou outra que não seja do Samu);

Não encaminhar o caso aos postos de saúde;

Não encaminhar a clínicas privadas;

COMO A APPA VAI PROCEDER

Cabe a APPA – Na existência de casos identificados pela ANVISA:

Informar ao Vigiagro, Receita Federal, Polícia Federal, SEP e CPPR;

  • Suspender a operação e garantir o isolamento da área onde o navio está atracado;
  • Ofertar uma área para quarentena do navio;
  • Informar as equipes de solo responsáveis pela limpeza e remoção de resíduos dos navios;

Além disso, a Appa vai disponibilizar aos trabalhadores EPIs especiais como Mascaras N-95, Proteção facial, Jaleco de mangas compridas, Luvas e aventais impermeáveis.