Ministério Público propõe ação contra ex-secretário de Planejamento e Obras Públicas

prefeitura de antonina

Em Antonina, a Justiça decretou a indisponibilidade de bens de duas empresas e cinco pessoas – incluindo o ex-secretário municipal de Planejamento e Obras Públicas (gestão 2013-2016). A liminar atende ação civil pública por ato de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público do Paraná, por meio da 1ª Promotoria de Justiça da comarca.

Na ação, amparada em farta documentação, o MP-PR sustenta a prática de diversas ilegalidades contra a administração pública e a realização de vários repasses de valores, não justificados, das empresas requeridas para o então secretário – algumas transferências suspeitas chegam a quase R$ 40 mil. Foram identificados ainda 17 depósitos em dinheiro, efetuados pelo próprio investigado, em contas de sua titularidade que, somados, chegam a cerca de R$ 65 mil.

Como resume a Promotoria de Justiça, “Da acurada análise dos elementos produzidos durante a investigação, verifica-se que os comportamentos adotados pelos requeridos permitem visualizar, acima de qualquer dúvida razoável, a prática de atos que, para além de violadores de princípios fundamentais da Administração Pública, ensejaram o enriquecimento ilícito de (…) em razão das funções desempenhadas junto ao Município de Antonina.”

Mãos limpas – A ação é resultado da Operação Tangentópoli (referência ao caso precursor da operação italiana Mão Limpas e que significa “cidade da propina”), que investigou, durante mais de um ano, desvio de verbas públicas ocorridas na Secretaria de Planejamento e Obras Públicas, durante o período de gestão do ex-secretário. Uma eventual condenação por ato de improbidade pode levar a sanções como a devolução dos valores recebidos indevidamente ao erário, suspensão dos direitos políticos, proibição de contratar com o Poder Público e multa, entre outras.

Fonte: MPPR

MP-PR propõe ação civil contra acusados de desmatamento em área de proteção

matinhos

O Ministério Público do Paraná, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Matinhos, ajuizou ação civil pública contra uma construtora e cinco pessoas – incluindo o secretário municipal de Meio Ambiente e sua filha – que teriam articulado a liberação irregular de um loteamento imobiliário na cidade. Com a medida, busca-se a suspensão das obras no terreno e a comercialização de lotes, a recuperação das áreas já devastadas, a nulidade do ato administrativo que autorizou a construção e a responsabilização do agente público e da filha por ato de improbidade administrativa. A ação foi proposta em conjunto com a Coordenadoria da Bacia Hidrográfica Litorânea do MP-PR.

Conforme sustenta o Ministério Público na ação, entre março e junho de 2015, a empresa demandada, na intenção de implantar loteamento em um terreno situado no Balneário Curraes, em Matinhos, desmatou de forma irregular três hectares de vegetação do bioma Mata Atlântica (área de proteção permanente). Para tentar garantir legalidade ao projeto, contratou então como consultora a filha do secretário, que pleiteou, junto ao Município, autorizações para supressão de vegetação no local, as quais foram concedidas. A intenção foi burlar o licenciamento ambiental do empreendimento, que deveria ter sido requerido ao Instituto Ambiental do Paraná. O MP-PR destaca que, além do conflito de interesses (por ser pai da consultora da empresa), o secretário não tinha competência para oferecer as autorizações.

Liminarmente, dentre outros pontos, foi requerido o afastamento do secretário das funções, a interdição do imóvel, a suspensão de qualquer atividade no local e a abstenção de propaganda de venda de lotes, além da apresentação de plano de recuperação da área, sob pena de multa. No mérito, o MP-PR busca a recuperação integral da área, além de indenização pelos danos causados e compensação ambiental, em caso de dano ambiental irreversível. Quanto ao secretário e à filha pleiteia-se também a condenação nas sanções da Lei de Improbidade Administrativa, o que pode implicar em sanções como perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e multa. Os mesmos requeridos já respondem criminalmente pelos fatos perante o Juízo Criminal de Matinhos.

UGT pretende apresentar ação contra SEP

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) pretende entrar com ações contra Secretaria Especial de Portos e outros órgãos por causa do trânsito ‘caótico’ de caminhões em Paranaguá

5.1-porto-filaO trânsito de caminhões na região do Porto de Paranaguá pode provocar ações civis públicas contra a Secretaria Especial de Portos (SEP), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), contra a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), contra o Município de Paranaguá e contra o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER).
No Edital de Convocação publicado no último dia 2 de junho, a UGT convoca seus filiados para decidir sobre a apresentação de ação civil pública por conta de “atos e omissões” dos órgãos citados acima.
A União Geral dos Trabalhadores do Litoral convoca os associados para Assembleia Geral, que será realizada na sede social da UGT, na próxima sexta-feira, dia 12, às 19h em primeira convocação com a presença mínima da metade mais um dos associados ou, em segunda convocação, às 19h30 com qualquer número de acordo com o art. 36 do Estatuto Social. A convocação está sendo feita pelo presidente da UGT, Jaime Ferreira dos Santos e pelo secretário geral, Everaldo Bonsenhor.

Combate à dengue chega na BR-277

04112014190117Um verdadeiro mutirão de combate à dengue está sendo realizado hoje, na praça de pedágio da concessionária Ecovia, que administra a BR-277 que liga Curitiba ao Litoral do Paraná, em São José dos Pinhais. A ação faz parte do Dia “D” de combate à Dengue e tem por objetivo conscientizar os usuários que transitarem na rodovia ao longo de todo o dia. Serão entregues 3 mil folders para os usuários que cruzarem a Praça de Pedágio (km 60 da BR-277), tanto no sentido Curitiba quanto Paranaguá.

O folder traz informações e dicas de eliminação e combate aos mosquitos transmissores da dengue: Aedes albopictus e Aedes aegypti. Esse último se reproduz dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes onde se acumula água limpa. De acordo com uma pesquisa da Secretaria Estadual da Saúde, 90% dos focos desses mosquitos estão dentro das casas, principalmente em: baldes, garrafas, pratos de vasos de plantas, pneus, caixas d´água, piscinas, geladeiras, calhas e canos.

Justiça determina dissolução da Cooperativa de Transportes de Paranaguá

Presidente da Cooperativa anuncia que vai recorrer da decisão

Sede do Sindicato

A Justiça do Trabalho determinou a dissolução da Cooperativa de Transportes de Paranaguá, a maior da cidade que atua no Porto de Paranaguá. Além da dissolução, a Justiça determinou uma multa de R$ 10 milhões impostos pela Juíza do Trabalho Substituta, Edinéia Carla Poganski Broch em decisão tomada na última sexta-feira.
Na sua sentença a juíza afirma que a grande massa dos cooperados não atua diretamente como motoristas autônomos, ou seja, não dirigem seus próprios caminhões, mas exercem as mais diversas atividades profissionais, totalmente distintas do objeto da cooperativa, e tentam se justificar com base na Lei 6.094/74 que, de acordo com a juíza não pode ser aplicada no âmbito do trabalho cooperado. “Logo, tal fato deixa evidente que a cooperativa ré trata-se de uma sociedade de capital, visto que sequer os associados precisam residir e prestar serviços diretamente”, diz a Juíza.
Na sentença, a Juíza lembra que a ré admite que haja cooperados com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em situação irregular. Exemplos são citados e lembrados na sentença.
“Ainda restou comprovado nos autos que os cooperados, que em princípio deveriam ter vinculado à sua matrícula apenas um caminhão, possuem três ou mais caminhões atrelados a sua matrícula. Tal fato, por si só também demonstra o desvirtuamento da finalidade da cooperativa, pois uma vez que um cooperado possui mais de um caminhão atuando através da cooperativa, isso demonstra, no mínimo, que tal profissional não se trata de um motorista profissional autônomo, mas sim de um empresário que naturalmente não possui qualquer necessidade de congregar-se a uma cooperativa, pois mantém suficientemente os próprios meios e todas as condições de potencializar o seu ramo de negócio”, diz a Juíza. Desta forma ela diz que estes “cooperados” tem a cooperativa como mero investimento e não profissão.
A Juíza entende que a cessão de veículo a “motorista auxiliar” se revela totalmente ilegal. “Assim, a cooperativa se revela ilegal, seja porque seus “cooperados” não são cooperados propriamente ditos, mas sim sócios de uma grande “empresa” transportadora, o que evidencia o desvio de finalidade da cooperativa, seja porque se utilizam de trabalhadores ilegalmente, em inobservância da legislação trabalhista”, alega o MPT no documento.
De acordo com testemunha, há comercialização e arrendamento de pontos, sendo que o valor da venda de cada ponto gira em torno de R$ 300 mil a R$ 500 mil e que, ainda, há cooperados que possuem diversos pontos através de pessoas chamadas “laranjas”, o que também evidencia o desvio de finalidade da cooperativa ré.
O documento da Justiça do Trabalho ainda faz outras alegações para comprovar a sentença de dissolução e multa de R$ 10 milhões como a exclusão de mulheres entre os cooperados, o que viola o princípio de isonomia, previsto na Constituição Federal.

Outro lado
O presidente da Cooperativa de Transportes de Cargas e Anexos (Coopanexos), José Pereira de Jesus, disse que não via problema no fato de profissionais liberais serem donos de caminhões e subcontratarem motoristas. “A lei permite que todo profissional liberal seja associado, mas se não permitisse deviam ter nos notificado anteriormente com ajuste de conduta. Não chegamos a ser notificados, já entraram direto com a determinação da dissolução da cooperativa, inclusive foi feita uma investigação sigilosa. Entendo que se havia alguma coisa errada, deveríamos ser notificados. A Justiça pediu a dissolução, mas nós vamos recorrer e continuar trabalhando normalmente”, disse Pereira.