Combate à dengue será intensificado em Paranaguá

img_77225623858fcfd9005af803a6bd1f98O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, anuncia hoje, em Paranaguá, uma série de medidas para reforçar o combate ao mosquito da dengue no Litoral. O objetivo é intensificar o trabalho de eliminação de criadouros e reduzir o número de focos do Aedes aegypti, que também transmite a febre chikungunya e o zika vírus. Boletim epidemiológico mostra que o município atingiu o estado de epidemia de dengue.

O anúncio será feito durante a reunião do Grupo de Trabalho Saúde Litoral, que envolve diversos órgãos do Governo do Estado, prefeituras e entidades representativas da região, início desta tarde.

Neste verão, a Secretaria da Saúde está fazendo um amplo estudo para avaliar a presença do mosquito nos sete municípios litorâneos. Até o momento, apenas a cidade de Paranaguá apresenta casos de dengue autóctones, ou seja, cuja infecção ocorreu dentro do próprio município.

Para este sábado, um grande mutirão de limpeza e conscientização está programado para acontecer em todo o Estado. No Litoral, as ações vão atingir também as praias, sob a coordenação da 1ª Regional de Saúde, em parceria com diversos órgãos do governo e também das prefeituras.

Epidemia: Paranaguá tem 367 casos de dengue

Com número de casos ultrapassando o índice de 300, a cidade vive estado de epidemia de dengue. São 375 casos em todo o Litoral

3.0.0- orientaçõesAquilo que pretendia-se não alcançar, agora é uma realidade. Paranaguá está em estado de epidemia de dengue. São 375 casos em todo o Litoral e, destes, são 367 casos de pessoas que pegaram a doença na própria cidade.

No bairro da Ponta do Caju são 61 casos confirmados seguido de 30 casos no bairro da Estradinha, 28 casos no Emboguaçu, 19 na Vila Portuária. Há 48 bairros atingidos com casos de dengue.

Zika vírus e Chikungunya

Nos últimos meses, o país passou a registrar casos de outras duas doenças, parecidas nos sintomas e provocadas pelo mesmo agente transmissor da dengue. Trata-se da chikungunya e zika.

A origem do nome chikungunya é africana e significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes, que andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.

A doença também é transmitida pelos mosquitos aedes aegypti (presente em áreas urbanas) e aedes albopictus (presente em áreas rurais). O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, também são sintomas: febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes são raras.

Como no caso da dengue, não há tratamento específico. É preciso ficar de repouso e consumir bastante líquido. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.

Com relação a Zika, a preocupação tornou-se um pouco maior nos últimos meses com o fato de estudos mostrarem relação da doença com crianças com microcefalia (cabeça menor). E, mais uma vez, o aedes aegypti é o vilão da história. Mas o vírus também é transmitido pelo aedes albopictus e outros tipos de aedes.

Os sintomas provocadas pelo zika são parecidos com os da dengue com febre, dores e manchas no corpo. Quem é infectado pelo zika também pode apresentar diarreia e sinais de conjuntivite. E, assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios que aliviem os sintomas e que não contenham AAS.

Como evitar? Siga as orientações abaixo

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Paranaguá a um passo de estado de epidemia de dengue

250 casos registrados no último boletim do setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde.  Decreto de emergência autoriza os agentes de saúde e servidores municipais participantes das ações de fiscalização a entrar em casas fechadas ou abandonadas

Foto: Marcos Silva

Foto: Marcos Silva

Com a intenção de evitar a possibilidade de uma epidemia de dengue, Paranaguá decretou emergência quando a cidade ainda registrava 150 casos.

Em menos de duas semanas, o número de casos passou para 250, de acordo com o último setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Paranaguá, emitido na última segunda-feira, 7.

Trata-se de uma epidemia quando verifica-se uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região que se espalha rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Isso poderá ocorrer por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente (desconhecido).

Para minimizar o impacto que o mosquito Aedes Egypt pode causar, mutirões nos bairros têm sido realizados. Agentes de endemias, agentes comunitários, voluntários, cargos comissionados da Prefeitura, integrantes da Capitania dos Portos e empresas locais estão colaborando com a retirada de lixo e repasse de orientações para os moradores.

Desde o início das notificações, foram registrados 258 casos positivos em todo o Litoral do Paraná. Cinco casos de residentes em outros municípios do Litoral, um em Antonina e 252 casos em Paranaguá, sendo dois importados, sendo um com histórico de viagem para Itajaí e um com histórico de viagem para Foz do Iguaçu).

São 250 casos autóctones, ou seja, de pessoas que pegaram a dengue na cidade. Entre os bairros mais afetados está a Ponta do Caju com 50 casos, Porto dos Padres com 26, Estradinha com 14, Palmital com 12, Jardim Iguaçu com 11 casos assim como o Emboguaçu e Vila Portuária. A Vila Cruzeiro tem 16 casos confirmados. Há casos registrados em 45 bairros de Paranaguá.

Foto: Marcos Silva

Foto: Marcos Silva

Emergência

O prefeito Edison Kersten decretou estado de emergência na saúde pública e autorizou a tomada de medidas excepcionais na área da Saúde para combater a Dengue.

O decreto cria o Programa Municipal de Combate e Prevenção à Dengue, com duração de 90 dias, prorrogável por igual período. Para fiscalizar e zelar pela aplicação das medidas, o decreto estabelece uma comissão especial para acompanhar o programa, formada pelos secretários municipais de Saúde, Sandra Machado e de Segurança, Cícero Alves Fernandes, além da superintendente de vigilância em saúde Tayana Missau Galvão.

Um dos destaques do decreto é o artigo 2º, que autoriza os agentes de saúde e servidores municipais participantes das ações de fiscalização a entrar em casas fechadas ou abandonadas, mediante apoio da Guarda Civil Municipal. Para respaldar juridicamente a ação do fiscalizador, será feito um auto de infração e ingresso forçado, assinado pelo agente e pela autoridade policial com jurisdição sobre a área.

 

Dengue: Paranaguá rumo a uma epidemia?

Falta de responsabilidade de muitos moradores, que permitem locais de proliferação do mosquito, só ajudam número de casos de dengue a aumentar

capa- dengueAmanhã, dia 19, a partir das 08h30, haverá o Mutirão de Combate a Dengue na Ponta do Caju, pois este é o terceiro bairro onde há maior número de pessoas doentes.

O bairro ou região onde mais aparecem casos de pessoas doentes é no Porto dos Padres, onde foi realizado o primeiro mutirão. Somando os casos da Vila Paranaguá e Jardim Araçá temos mais 11 casos e esta região foi a segunda a ser atendida com uma ação concentrada na retirada de entulhos, lixo e visitas domiciliares.

Na Ponta do Caju, são seis casos de pessoas doentes e o bairro vai receber técnicos e agentes de epidemiologia para buscar a conscientização, especialmente, dos moradores onde forem encontrados locais com possíveis potenciais de proliferação do mosquito.

Mas os números de pessoas doentes têm aumentado nos últimos dias. A penúltima relação de casos mostrava 69 casos autóctones- de pessoas que contraíram a doença na cidade. Hoje há 81 casos e 74 contraíram infecção na própria cidade.

“É uma séria preocupação porque estamos no inverno, que determina um período de baixa ocorrência. Os casos tendem a aumentar na primavera e verão”, disse o assessor técnico da Secretaria Estadual de Saúde, Ronaldo Trevisan.

Para ele, os moradores de Paranaguá precisam estar conscientes do perigo de termos uma epidemia. “O risco de ocorrer uma epidemia é muito sério. É preciso consciência para evitar casos mais graves da doença que provocam até a morte”, completou o assessor durante sua apresentação na Câmara de Vereadores na última terça-feira (15).

Hoje, os moradores da região da Ponta do Caju, pode aproveitar para retirar lixo e entulhos dos quintais para que o caminhão faça a retirada que já começa nesta sexta-feira, dia 18.