Ong recolhe uma tonelada de animais mortos em rio de Paranaguá

Animais aquáticos e aves foram retirados na manhã deste sábado (18). Líquido tóxico vazou no rio Emboguaçu após incêndio em galpão. Kelly Krukoski  Do G1 PR
1526964_581970168552250_1530781992_nCerca de uma tonelada de peixes, caranguejos e aves foram encontrados mortos em diversos pontos do rio Emboguaçu, em Paranaguá, no litoral do Paraná, na manhã deste sábado (18). Os animais foram encontrados por equipes de Ongs que pertencem à Federação Paranaense de Entidades Ambientalistas do Paraná (Fepam), que analisam a água do rio após o vazamento de um líquido tóxico.
fef4f4886d938b5c83482c447307fc67_XLO vazamento ocorreu após o incêndio no galpão da empresa AMPT/Brasmar na madrugada da última quarta-feira (15). O galpão que pegou fogo armazenava papel, algodão, celulose e 100 tambores de um líquido tóxico de coloração azul.
As equipes que trabalham no local são formadas por biólogos, engenheiros ambientais e químicos. Segundo o presidente da Fepam, Juliano Bueno de Araújo, é possível que sejam encontrados mais animais mortos, devido ao impacto ambiental causado pelo vazamento. Araújo afirma que, além dos danos ambientais, há riscos à saúde pública. “Ainda há cheiro forte no local e percebemos pessoas com problemas respiratórios e irritação nos olhos”, diz.
Araújo explica que a Fepam trabalha na tentativa de auxiliar os técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que também trabalham no local. O laudo completo dos danos causados deve ser divulgado até o início de fevereiro. “Estamos coletando amostras da água e animais mortos, mas também alertamos a população para que procurem cuidados médicos caso percebam algum sintoma”, relata Araújo.
Sem licença
1537799_581980255217908_101078037_oO incêndio aconteceu em um galpão de armazenamento de cargas da AMPT/Brasmar. Segundo o IAP, a APMT Serviços Retroportuários LTDA, com nome fantasia de Brasmar, empresa responsável pelo galpão, não tem Licença Ambiental de Operação, ou seja, não poderia armazenar nenhum tipo de produto no local.
O IAP coletou amostras da água contaminada. Um levantamento preliminar indicou que o líquido é uma mistura de Óxido de Zinco, Etileno Glicol e Hidróxido de Potássio. Estes materiais são utilizados normalmente como base para fabricação de fertilizantes.
 
Fotos: Oswaldo Eustáquio (Gazeta do Povo) / Fórum do Movimento Ambientalista do Paraná

Empresa faz levantamento das famílias que moram próximo ao incêndio

essa incêndioNão se sabe como o fogo começou. Isso ainda é um fato quanto ao incêndio que ocorreu na semana passada em Paranaguá. Representante da empresa responsável pela Brasmar falou à Rádio Ilha do Mel sobre o assunto. Segundo ela, a empresa aguarda o resultado das investigações que estão sendo feitas para saber o que provocou o incêndio. A empresa afirma que continua fazendo segurança no local para proteger população do entorno e os funcionários.

“Estamos fazendo, também, levantamento do impacto do vazamento na comunidade e verificar com as famílias de que forma a empresa pode ajudar”, disse a gerente jurídica da APM Terminais do Brasil, Jaqueline de Oliveira.

Segundo ela, a empresa está desenvolvendo um programa de monitoramento ambiental e verificou que a maior parte da fumaça que ainda ocorria no final de semana era decorrente da queima do papel e a informação que a empresa tem é de que a fumaça não é tóxica.

Quanto ao vazamento, no sábado foi informado de que não há mais manchas no local. “Nosso trabalho de contenção foi eficiente, impedindo o vazamento”, reforçou.

Incêndio em Paranaguá provoca vazamento de produto químico em rio

Incêndio num armazém no KM 5 de Paranaguá é considerado um desastre de grandes proporções. Fuligem apareceu em bairros mais distantes do local assustando moradores. Defesa Civil e IAP alertam os moradores para não tomar banho ou pescar no Rio Emboguaçu

essa incêndioUm incêndio no armazém da empresa Brasmar, no km 5, de Paranaguá começou por volta das 2h da madrugada desta quarta-feira (15), assustando moradores da Vila do Povo e bairros mais próximos ao local. Durante toda a madrugada, bombeiros e vários outros profissionais, trabalharam para controlar o fogo. O incêndio foi definido como de grandes proporções. A fumaça alta chamava a atenção de moradores de bairros mais distantes da região. Até fuligem caiu sobre calçadas e roupas das casas de bairros como da Vila São Vicente e Jardim Santos Dumont que ficam do lado oposto ao armazém.

essa incêndio combateO armazém é da empresa Compacta que alugou para a Brasmar. No local estavam armazenadas bobinas de papel, papelão, fardos de algodão e produtos para fertilizantes. Um dos produtos, aliás, acabou vazamento para um rio próximo.

O chefe do Escritório do IAP em Paranaguá afirmou que não há risco de contaminação da rede de abastecimento de água.

Sem banho no Rio Emboguaçu

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) estão orientando a população da região da Vila do Povo, para evitar tomar banho no Rio Emboguaçu, pescar ou entrar na água, até que se apure o vazamento de produto químico que atingiu a galeria de águas pluviais e depois o rio.

Todas as medidas para a contenção do vazamento foram tomadas de imediato e a orientação é que o contato com o produto químico, de cor azul claro, seja evitado.

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