Navegação está sendo normalizada no Porto de Paranaguá

Foram 4 dias sem navegação. Especialistas dizem que foi o maior tempo com ‘barra’ fechada no maior porto graneleiro da América Latina

blog- porto manobrasA navegação no Porto de Paranaguá ficou suspensa por 4 dias e só foi retomada ontem. A suspensão ocorreu por causa das condições climáticas que fizeram com que a Marinha do Brasil alertasse a todos sobre formação de ondas de 3 a 5 metros na área costeira do Paraná. Na área oceânica, foram previstos ventos fortes, com rajas entre 50 e 60 km/hora, ocasionando mar revolto com ondas de até 5 metros.

Desde a sexta-feira, 11, sistemas meteorológicas (presença de um ciclone extratropical e de um anticiclone) posicionados sobre o Oceano Atlântico, favoreciam a formação de uma pista de vento moderada a forte do oceano para o continente. Por isso, até ontem, o Litoral paranaense ficou em alerta e a navegação suspensa.

Previa-se ondas oscilando entre 2 e 3 metros nas praias, mas em alto mar, as ondas foram muito mais altas.

Quem trabalha no setor de navegação não lembra da suspensão da navegação por tanto tempo, especialmente, provocada por condições climáticas.

A barra foi aberta ontem, quando 39 navios aguardavam ao largo para atracar.

Lei define regras para o descarte de lixo por navios no Litoral do Paraná

Agora é Lei! Foto: Arte: Vinicius Leme

Agora é Lei!
Foto: Arte: Vinicius Leme

A remoção de resíduos sólidos gerados em navios e embarcações que atracam na área portuária do Paraná deve seguir regras estabelecidas pela Lei estadual nº 18.626/2015. Essa norma legal surgiu a partir dos debates que aconteceram na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) em torno de um projeto apresentado pelo deputado Pedro Lupion (DEM).

Segundo Lupion, o objetivo da iniciativa é contribuir com a melhoria das condições ambientais da região litorânea do estado, onde diversas embarcações permanecem sem um padrão de procedimento em relação à remoção do lixo que produzem. De acordo com a lei, os navios e embarcações que atracarem nos portos do Litoral paranaense deverão realizar a remoção dos resíduos sólidos, de modo a prevenir o despejo de produtos internacionais nas imediações do Litoral, atendendo ao serviço essencial e contínuo de saúde pública e preservação do meio ambiente. Durante as discussões sobre a matéria o deputado destacou que a medida atende ao interesse estratégico e relevante da região do Litoral, especialmente Paranaguá e Antonina, contribuindo com as condições de melhora do controle ambiental desse território.

“Os casos de inexistência de resíduos sólidos a serem removidos deverão ser justificados e registrados pelo responsável da embarcação perante a gestão ambiental da autoridade portuária, para fins de eventual responsabilização do gerador por descarte indevido”, prevê o paragrafo 2º do artigo 1º da nova lei. O projeto foi sancionado pelo governador Beto Richa em novembro do ano passado. O texto, publicado no Diário Oficial do Poder Executivo de nº 9.581, pode ser conferido na íntegra no site da Alep (portal.alep.pr.gov.br/index.php/pesquisa-legislativa/proposição).

Projetos – Durante o ano de 2015 foram apresentados na Alep mais de mil projetos, somando-se os projetos de lei e as demais iniciativas (como os projetos de resolução, os projetos de lei complementar, os decretos legislativos e as PECs – Propostas de Emendas à Constituição). Cerca de 200 dessas proposições já viraram leis. A maioria é de autoria dos 54 parlamentares. Todas essas matérias antes de serem submetidas às votações em Plenário passaram ou ainda estão passando por análises das comissões técnicas permanentes do Legislativo. Além dos projetos assinados pelos parlamentares, foram avaliadas e votadas proposições de iniciativa dos Poderes Executivo e Judiciário, do Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) e da Procuradoria-Geral de Justiça/Ministério Público do Estado (MP-PR).

Barqueiros reclamam da velocidade de navios próximo à Ilha do Mel

Norma é de que usem velocidade entre 8 e 14 nós, mas barqueiros dizem que não é obedecido

5.1-ilha-do-melA velocidade dos navios passando próximo ao destino indutor do Paraná, a Ilha do Mel, é alta e provoca problemas aos barqueiros e donos de lanchas de passeio.

Os conteineiros estariam passando rápido perto da região. De acordo com alguns barqueiros do município, os mesmos já teriam reclamado sobre a questão na praticagem de Paranaguá, uma vez que os navios entram na região de Paranaguá auxiliados pelos práticos.

De acordo com a Norma de Tráfego marítimo e permanência nos portos de Paranaguá e Antonina , no capítulo 7, item 7.1.1 determina que, “durante o trânsito no canal de navegação, para o navio que demanda o porto, após ultrapassar o par de boias Nº 07 e 08, poderá variar a velocidade no fundo entre 14,0 (quatorze) a 8,0 (oito) nós. A velocidade poderá ser reduzida, caso não comprometa a segurança da navegação.

O Comandante e o Prático Embarcado avaliarão esta condicionante durante a manobra.

Denúncia

Em caso de denúncia da norma desobedecida, a Capitania dos Portos do Estado do Paraná orienta ligar para a sede da instituição com algumas informações como localização e nome do navio para que a embarcação possa ser autuada.

O telefone da Capitania dos Portos é 3423-3033.

Medida em nós

De acordo com pesquisas, a velocidade em nós é uma unidade que deriva de um sistema de medição de velocidade bastante primitivo – chamado barquinha -, que começou a ser utilizado no século XVI. O instrumento consistia, basicamente, de uma corda com uma das extremidades amarrada a uma prancha pesada, de madeira, e a outra a um carretel, do mesmo material.

Essa corda era marcada com nós em intervalos regulares de aproximadamente 14,5 metros. Quando o barqueiro desejava saber a velocidade a que estava navegando, a prancha era lançada ao mar. Com o barco em movimento, a água freava a madeira, fazendo com que a corda se soltasse do carretel que permanecia no barco. Com a ajuda de uma ampulheta, o barqueiro observava quantos nós se desenrolavam em um determinado período de tempo.

Atualmente, esse método rudimentar não é mais utilizado, mas a palavra nó continua em voga para calcular a velocidade das embarcações em todo o mundo. Hoje, 1 nó equivale a 1,852 quilômetro (ou 1 milha náutica) por hora.

Porto de Paranaguá poderá receber navios de 368 metros de comprimento

normal_InfograficoTamanhoNaviosA Capitania dos Portos do Paraná autorizou que sejam iniciadas manobras experimentais para recebimento de navios de contêineres no Porto de Paranaguá da classe Post-Santa. Trata-se de navios com 368 metros de comprimento e 51 metros de boca. A autorização da Capitania condiciona a realização de dez manobras experimentais com navios deste porte para avaliar conceder a autorização definitiva das manobras dessa classe de navios, em condições normais.

De acordo com o documento da Capitania, a autorização para estes testes só foi possível devido à realização das obras de dragagem dos pontos críticos do canal de acesso.

“Com esta autorização, temos condições de anunciar aos armadores as condições operacionais do Porto e as primeiras manobras deverão acontecer no primeiro semestre 2013. Quando realizada, será a maior embarcação de contêineres a operar em um Porto brasileiro”, afirma Dividino.

Atualmente, o Porto de Paranaguá está autorizado a receber navios de 335 metros de comprimento e 45,2 metros de boca, sem restrição noturna.