Dilma muda poligonal de Paranaguá por decreto

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Fonte: Appa/ Infográfico: Gazeta do Povo

Na sexta-feira, dia 12 de fevereiro, o governo federal publicou no Diário Oficial da União o decreto que altera o traçado da poligonal de Paranaguá. Até então, o Paraná era o único estado que ainda não havia atendido a determinação do artigo 15 da Lei dos Portos para fazer tal revisão.

“A alteração da poligonal vai permitir o aproveitamento máximo do potencial do Paraná, proporcionando o crescimento de nossa economia como um todo”, afirma Ricardo Bueno Salcedo, diretor do Porto Pontal. Segundo ele, só em Pontal do Paraná, calcula-se um investimento de R$ 8 bilhões com a instalação de uma empresa de exploração da camada pré-sal, uma usina termoelétrica e três terminais privados nas novas áreas que deixam de estar sob o controle da União. Apenas estes últimos três empreendimentos devem gerar mais de 5 mil empregos diretos e 20 mil indiretos, além de contribuir para o desenvolvimento econômico e social de todo o estado.

Trabalhadores garantem contratação mesmo com mudança em poligonal

capa- intersindicalOs trabalhadores portuários avulsos (TPAs) demonstram há meses, grande preocupação com a empregabilidade da mão-de-obra portuária nos terminais de uso privado após a possível mudança na poligonal.
Mas desde a semana passada, os trabalhadores tiveram motivos para ficar mais preocupados, pois a possibilidade de um decreto presidencial, determinando a mudança, ficou mais evidente.
E para discutir a situação, novo encontro foi marcado para acontecer em Brasília. O encontro ocorreu nesta quinta-feira, dia 4, em Brasília.
Definição
Pelo Acordo, sobre os terminais de uso privado (TUPs), assinaram o documento pela Secretaria Especial de Portos, Antaq, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, e os sindicatos.
A contratação, para as funções previstas no Art. 40, da Lei 12.815, será feita prioritariamente entre os TPAs do OGMO e obedecerá à negociação prévia feita com os sindicatos de Paranaguá.

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Manchete vale a pena ver de novo: SEP propõe audiência com trabalhadores para discussão de área do Porto de Paranaguá

helderbarbalho-gleisi-poligonal10nov2015-620x347Para quem não lembra, foi justamente a promessa do governo federal em ouvir os trabalhadores portuários avulsos com relação à poligonal e o fato de não cumprir com o compromisso que gerou muita discussão.

Depois de conseguir o cancelamento da audiência pública que trataria da mudança da área portuária na Justiça (via ação promovida pela Aciap e Fenccovib) os trabalhadores de Paranaguá entregaram um documento ao ministro dos Portos, há duas semanas, pedindo uma audiência. Esta foi realizada no dia 10.

A sugestão do ministro Helder Barbalho, em resposta à reivindicação de representantes dos trabalhadores portuários e parlamentares que se reuniram com o ministro na Secretaria de Portos no último dia 10, é que seja feita uma audiência com participação dos trabalhadores, do governo do Paraná e da SEP para discutirem sobre a área da poligonal. Não há novidade nesta questão,como já destacamos no primeiro parágrafo da matéria.

Resta saber se, desta vez, o governo federal vai cumprir com o prometido.

Os sindicalistas querem a continuidade dos serviços dos trabalhadores portuários em áreas arrendadas e também nos Terminais de Uso Privado (TUPs). De acordo com Mário Teixeira, presidente da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (Fenccovib), com o aumento dos arrendamentos e terminais privados, os trabalhadores e os portos públicos ficam instáveis devido a uma concorrência maior entre as movimentações. “Nós defendemos o porto público no Brasil. Com mais concorrência e ampliação dos terminais, o Porto e os trabalhadores ficam fragilizados”, explicou.

Prazos da poligonal permanecem com decisão judicial?

Paranagu‡, 11-01-2007 - Vista geral do Porto de Paranagu‡ Foto: Rodrigo Leal -APPA

Paranagu‡, 11-01-2007 – Vista geral do Porto de Paranagu‡
Foto: Rodrigo Leal -APPA

Perguntar não ofende. Esta frase vale para o que foi divulgado na semana passada sobre alguns prazos relacionados à possibilidade de mudança na poligonal em Paranaguá que passou por duas decisões judiciais.

O processo de revisão da poligonal dos portos paranaenses, atende ao artigo 15 da nova Lei dos Portos 12.815/2013, que regula a exploração pela União, direta ou indiretamente, dos portos e instalações portuárias e as atividades desempenhadas pelos operadores portuários.

De acordo com o artigo 15 da Lei Federal, um ato da presidência da república definirá a nova área dos portos organizados, a partir da proposta da Secretaria de Portos.

O processo de consulta pública para alteração das poligonais começou no dia 27 de julho. Inicialmente, estavam previstas duas audiências públicas em Paranaguá e Antonina, nos dias 27 e 28 de agosto, ambas adiadas por conta de uma decisão judicial. Depois, de 25 de setembro a 24 de outubro, será aberto o período de análise das propostas e de 27 de outubro a 5 de novembro será o período destinado para recurso de contestação às decisões da SEP. No mês seguinte, até 5 de dezembro, será o prazo para julgamento destes recursos.

Mas fica a pergunta: como foi decidido, pela Justiça, o cancelamento da consulta, as datas referente a outubro, novembro e dezembro, permanecem?

 

Poligonal: Ilha da Cotinga e Ilha Rasa são retiradas em mudança na área portuária

Discussão sobre mudança da poligonal continua sob judice, mas SEP veio falar sobre a situação aos indígenas de Paranaguá

normal__MG_0010Em uma iniciativa inédita, as comunidades indígenas do litoral participaram do processo de consulta pública para a alteração da poligonal dos portos do Paraná. Os encontros aconteceram na Ilha da Cotinga nos dias 14 e 15 de setembro e contaram com a presença de índios da própria ilha e índios sambaquis, além de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e advogados que representam alguns indígenas. O encontro foi conduzido pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP).

Segundo Ricardo Burg, responsável pelo processo de alteração da poligonal na coordenação geral de Licenciamento Ambiental da Fundação Nacional do Índio (Funai), esta é a primeira reunião específica para ouvir os índios no que se refere a alteração da poligonal dos portos no Brasil. “Muitas comunidades sequer falam português, então é fundamental que eles tenham uma atenção especial em que possam tirar suas dúvidas e até mesmo perguntar na sua língua os impactos das alterações”, afirma.

normal_IMG_0019As reuniões têm como objetivo apresentar aos índios como funciona o processo legal de revisão da área da poligonal do porto. Os técnicos do ministério também tiraram dúvidas e prestaram esclarecimentos aos moradores das ilhas. “Este é um processo absolutamente transparente e a ideia é que as comunidades indígenas tirem todas as suas dúvidas no que diz respeito à proposta de alteração da poligonal que a Secretaria de Portos formulou”, afirma o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

ALTERAÇÃO

A proposta apresentada pela SEP retira a Ilha da Cotinga e Ilha Rasa da Cotinga da área da poligonal. Segundo o critério estabelecido pela SEP, devem ser excluídas da poligonal áreas particulares, áreas públicas que não são destinadas para a atividade portuária e áreas de preservação ou de reserva indígena, como é o caso da ilha da Cotinga.

“Já existem normativas que garantem os direitos destas comunidades caso aconteça alguma obra em um raio de oito quilômetros de distância das ilhas. Mesmo fora da área da poligonal, eles continuarão sendo ouvidos”, afirma a diretora do Departamento de Revitalização e Modernização Portuária da Secretaria de Portos, Rita de Cássia Vandanezi Munk.
Fonte: Appa

Assuntos portuários: poligonal e mobilidade urbana

Poligonal

E a audiência pública que seria realizada na última sexta-feira (dia 28), para discutir sobre a poligonal, foi adiada. Detalhes sobre este assunto e a decisão do Juiz Federal, em matéria do jornal Diário do Comércio.

Com certeza, tem muita gente roendo a unha com a decisão da Justiça.

Perguntar não ofende

Por quê ninguém da Appa participou da audiência pública do Plano de Mobilidade Urbana.

Depois, quando dizem que o porto está de costas para Paranaguá, tem gente que fica de bico!

Coluna Informe, publicada no jornal Diário do Comércio do dia 28/08/2015

Juiz determina que audiências públicas da poligonal sejam canceladas

can-310x202“Defiro em parte o pedido liminar formulado tão somente para determinar às rés que adiem as audiências públicas designadas para os dias 27/08/2015 e 28/08/2015 nos processos de consulta pública iniciados pela Secretaria de Portos da Presidência da República para a revisão das poligonais dos Portos Organizados de Paranaguá e Antonina, até que sejam apresentados os estudos técnicos referidos pela APPA no Pregão Presencial nº 36/2015, ora revogado, e referidos no requerimento conjunto apresentado à Secretaria de Portos”, escreveu na sentença o Juiz Guilherme Roman Borges.

O pedido de suspensão foi feito pela Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá, por entender que algumas questões não foram obedecidas pela SEP e APPA.

Ambas podem recorrer da decisão nesta quinta-feira e a situação pode ser revertida até sexta, quando está marcada a audiência da poligonal do Porto de Paranaguá.

“Documento eletrônico assinado por GUILHERME ROMAN BORGES, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 700000975664v77 e do código CRC 03b0c5c1”

Mudança da poligonal dos Portos de Paranaguá e Antonina é discutida na Assembleia

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Presidente do Sindicato dos Conferentes de Paranaguá, Carlos Antonio Tortato. / Foto: Pedro de Oliveira/Alep

O presidente do Sindicato dos Conferentes de Paranaguá, Carlos Antonio Tortato, defendeu na sessão plenária desta quarta-feira (12), na Assembleia Legislativa, a ampliação dos debates sobre a alteração dos poligonais das áreas dos portos de Antonina e Paranaguá. Segundo ele, que usou a tribuna no início da sessão para falar em nome dos trabalhadores do setor, as mudanças no modelo atual podem trazer reflexos danosos para a economia regional e estadual. A Lei dos Portos (Lei federal n.º 12.815/13) define como poligonais as áreas dos portos que compreendem as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e acesso ao porto.

A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR) abriu prazo para consultas públicas referentes às adaptações das poligonais das áreas dos portos organizados de Antonina e Paranaguá em 27 de julho passado. Os desenhos iniciais das poligonais, apresentados pela SEP neste início de consulta pública, foram construídos após discussões com a Administração Portuária, e observaram as regras da Lei n.º 12.815/2013.

Tortato explicou que com as alterações que estão sendo propostas haverá uma redução das coordenadas geométricas que definem a área de atuação dos dois portos, permitindo a ampliação dos espaços denominados como Terminais de Uso Privativo (TUPs). Segundo ele, os TUPs não são submetidos às normas e leis que regulamentam as atividades portuárias. Durante seu pronunciamento, Tortato convidou os deputados para que participem das audiências públicas que serão realizadas ainda neste mês de agosto para debater as alterações.

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), líder do Governo, que propôs o debate do tema em Plenário, lembrou que os portos são concessão federal e o de Paranaguá é um dos mais eficientes do país.  “Há uma preocupação com o que tem ocorrido com os portos, especialmente com o desemprego dos trabalhadores, em consequência das mudanças, e por isso estamos debatendo a questão”, declarou. Neste ano, até junho, foram movimentadas 22,3 milhões de toneladas pelo Porto de Paranaguá, administrado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA).

Também administrado pela APPA, o Porto de Antonina conta com uma infraestrutura de acostagem de 60 m de cais público, acrescidos de 360 m de cais na Ponta do Félix. Possui terminais destinados à movimentação de carga geral e granéis sólidos, sendo que sua principal movimentação atualmente é de fertilizantes. São mais de 20 mil trabalhadores envolvidos diretamente neste setor e 21 grandes empresas arrendatárias que atuam nas áreas do porto, gerando empregos, tributos e desenvolvimento para o município.

Audiências – Foi anunciado pelo governo federal, no final de julho, a abertura das consultas públicas referentes às adaptações das poligonais das áreas dos portos organizados de Antonina e Paranaguá. Até o dia 24 de setembro os interessados poderão enviar contribuições e questionamentos para a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), por meio de correspondência ou e-mail. O processo contará ainda com duas audiências públicas, uma em Antonina, no dia 27 de agosto, e outra, no dia 28 de agosto, em Paranaguá.

Legislação A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR) informa que a Lei dos Portos (Lei nº 12.815/13) define como poligonais as áreas dos portos organizados que compreendem as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e acesso ao porto. O Art. 15 estabelece que os limites devem considerar os acessos marítimos e terrestres, os ganhos de eficiência e competitividade e as instalações portuárias já existentes. Também devem levar em consideração as especificidades de cada localidade de forma a adequar as poligonais às necessidades da operação portuária de cada região. O conjunto do planejamento do setor portuário nacional – composto pelo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) e Planos Diretores Estratégicos (Master Plan) de cada porto, além do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) – é guia importante para a definição das poligonais.

Conforme a SEP/PR, com a definição das poligonais, é possível dar maior segurança jurídica à comunidade portuária, tornando claros os limites de competência do porto e a interface entre investimento público e privado, evitando, assim, conflitos de gestão. O Art. 68 da Lei dos Portos define que as poligonais de áreas de portos organizados que não atendam ao disposto no art. 15 deverão ser adaptadas. Em uma primeira etapa, a Secretaria de Portos (SEP/PR) colocou em consulta pública 17 poligonais que ainda tinham suas áreas definidas em portarias do Ministério dos Transportes. As poligonais dos demais portos organizados já estão definidas por decreto e, portanto, sua revisão será feita gradualmente.